HomePortuguês ...Coordenador Interino de Contraterrorismo, John T. Godfrey, sobre o Relatório de Terrorismo por País de 2020 hide Coordenador Interino de Contraterrorismo, John T. Godfrey, sobre o Relatório de Terrorismo por País de 2020 Traduções em português 16 de Dezembro de 2021 Departamento de Estado dos E.U. Gabinete do Porta-Voz CONFERÊNCIA ON-THE-RECORD Via Teleconferência 16 de dezembro de 2021 SR ICE: Obrigado Operador, e bom dia a todos, e obrigado por estarem connosco. Vou prosseguir e mencionar desde já que estamos on-the-record hoje, mas que o conteúdo desta conferência está embargado até o final da teleconferência. Primeiro ouviremos alguns comentários do nosso conferencista e, em seguida, como já foi mencionado, poderemos responder a algumas das vossas perguntas. Há cerca de 45 minutos, recebemos uma declaração do Secretário Blinken anunciando o lançamento pelo Departamento de Estado dos seus Relatórios anuais sobre Terrorismo por País, que descrevem o ambiente global de contraterrorismo em 2020, cumprindo assim um importante mandato do Congresso. Os nossos Relatórios anuais sobre terrorismo por país, ou CRT, permitem-nos destacar tendências terroristas significativas e fazer um balanço da eficácia dos esforços dos EUA e internacionais no combate a estas ameaças. Também nos ajudam a formular julgamentos e planos informados sobre as nossas políticas, prioridades e em que áreas investir. Muito bem. Neste ponto, acho que estamos prontos para os comentários iniciais do nosso conferencista, então eu gostaria de prosseguir e apresentar o Coordenador Interino de Contraterrorismo, John Godfrey. O Sr. Godfrey lidera o Gabinete de Contraterrorismo desde fevereiro deste ano, e devo dizer que o John também é o coordenador interino – desculpem-me. Embora também seja o coordenador interino, ele actua como enviado especial interino da Coligação para Derrotar o ISIS. Portanto, apreciamos muito o tempo que ele colocou à disposição para estar hoje aqui connosco. Dito isto, vou passar a palavra ao Sr. Godfrey. Por favor, Senhor. SR GODFREY: Bom dia a todos e obrigado, J.T, pela gentil apresentação. Como o J.T. mencionou, os Relatórios de Terrorismo por País de 2020 detalham como os Estados Unidos e os seus parceiros fizeram avanços significativos contra organizações terroristas. No entanto, também mostra que a ameaça terrorista que enfrentamos está a tornar-se mais difusa geograficamente. O anexo de informações estatísticas que acompanha o relatório, que foi preparado pelos nossos parceiros contratuais, o Grupo de Serviços de Desenvolvimento, mostra que tanto o número de ataques terroristas como o número total de mortes aumentaram em mais de 10 por cento em 2020 em comparação com 2019. O relatório destaca, como o J.T. referiu, alguns dos desafios que enfrentamos. Vou apenas enumerar alguns deles. Embora o chamado califado físico do ISIS tenha sido – tenha sido desmoronado, permanece um inimigo determinado e perigoso, e estamos a trabalhar no sentido de aumentar as nossas vitórias, mantendo a pressão sobre os remanescentes do ISIS no Iraque e na Síria, e de negar à sua rede global e filiais a capacidade de operar com eficácia. E uma preocupação particular é o foco crescente do ISIS em filiais e redes fora do Iraque e da Síria. Como exemplo disso, as filiais e redes do ISIS fora do Iraque e da Síria causaram mais fatalidades em 2020 do que em qualquer ano anterior. Mortes devido a ataques afiliados do ISIS somente na África Ocidental quase duplicaram de cerca de 2.700 em 2017 para quase 5.000 em 2020. As afiliadas da Al-Qaeda também continuam a explorar espaços subgovernados, zonas de conflito e brechas de segurança em África e no Oriente Médio. A Al-Qaeda reforçou ainda mais a sua presença no exterior, especialmente no Oriente Médio e na África, onde as suas afiliadas AQAP no Iémen, al-Shabaab no Chifre da África e Jama-at Nusrat al-Islam wal Muslim, ou JNIM no Sahel, permanecem entre os grupos terroristas mais ativos e perigosos do mundo. E, claro, em janeiro de 2020, no início do período abrangido por este relatório do CRT, al-Shabaab atacou uma base militar de segurança compartilhada por forças militares dos E.U. e do Quénia em Manda Bay, no Quénia, matando um membro do serviço dos EU e dois contratados pelos E.U., tendo este sido o ataque terrorista mais mortal contra as forças militares dos EU em África desde 2017. O Irão também continuou a apoiar actos de terrorismo na região e noutros lugares em 2020, apoiando representantes e grupos parceiros no Bahrein, Iraque, Líbano, Síria e Iémen, incluindo o Hezbollah e o Hamas. E altos líderes da Al Qaeda continuaram a residir no Irão. A ameaça do extremismo violento com motivação racial ou étnica também continuou a crescer, incluindo ligações transnacionais entre agentes do REMVE em todo o mundo. O Comité de Contraterrorismo do Conselho de Segurança da ONU observou um aumento a nível global de 320% no que chamou de terrorismo de extrema-direita nos cinco anos anteriores a 2020. Neste cenário dinâmico de ameaças, os Estados Unidos desempenharam um papel fundamental na condução dos esforços internacionais para combater o terrorismo global, e permitam-me apenas destacar alguns exemplos rápidos antes de passarmos às perguntas. Em primeiro lugar, o Departamento de Estado designou como Terroristas Globais Especialmente Designados, ou SDGTs, o Movimento Imperial Russo e três de seus líderes em abril de 2020, marcando a primeira vez que qualquer autoridade de sanções de contraterrorismo foi usada contra um grupo REMVE branco, um grupo REMVE de supremacia branca. Os Estados Unidos continuaram no seu papel de liderança dentro da Coligação Global para Derrotar o ISIS, incluindo o incentivo à expansão da missão da coligação para abordar novas regiões de preocupação, particularmente em África. E em outubro, os Estados Unidos – digo outubro de 2020 – os Estados Unidos apoiaram o Reino Unido na transferência de Amon Kotey e El Shafee Elsheik, dois dos quatro combatentes do ISIS conhecidos como “os Beatles”, para os Estados Unidos para ação penal. Também prosseguimos com os compromissos diplomáticos de alto nível para combater o Hezbollah na América Central, América do Sul e Europa, resultando em nove países no Hemisfério Ocidental e na Europa que deram passos significativos em 2020 para designar, banir ou restringir o Hezbollah. E os Estados Unidos continuaram a desempenhar um papel importante na repatriação, reabilitação, reintegração e julgamento de combatentes terroristas estrangeiros do ISIS, ou FTFs, e familiares associados. E, nesse sentido, continuamos a dar o exemplo, trazendo de volta nossos próprios cidadãos e processando-os quando apropriado. E apenas como um termómetro, em dezembro de 2021, os Estados Unidos repatriaram – repatriaram 30 cidadãos americanos da Síria e do Iraque – isto é 13 adultos e 17 crianças – e o Departamento de Justiça acusou 10 dos adultos de uma variedade crimes relacionados com terrorismo. E, finalmente, em 2020, os Estados Unidos lideraram os esforços do Comité de Sanções 1267 do Conselho de Segurança da ONU para designar redes e filiais do ISIS na África Ocidental, Grande Sahara, Líbia, Iémen e Indonésia, e as designações de Muhammad Sa’id Abdal-Rahman al-Mawla, o novo líder do ISIS, e o líder Tehrik-e Taliban do Paquistão Noor Wali Mehsud. Portanto, apenas para concluir, eu diria que a evolução do cenário terrorista requer flexibilidade e um compromisso contínuo de trabalhar em conjunto para prevenir com eficácia a radicalização e a violência terrorista. Embora as lições que aprendemos nos anos anteriores certamente desempenhem um papel importante no futuro, é vital que nos adaptemos rapidamente se quisermos enfrentar com sucesso as ameaças de amanhã. Muito obrigado por se juntar a nós hoje e será um prazer responder a algumas perguntas. SR ICE: Muito bem, Operador, pode repetir as instruções para entrar na lista de perguntas? OPERADOR: Certamente, senhor Porta-Voz. Senhoras e senhores, se têm uma pergunta e ainda não a fizeram, por favor, marquem 1-0 agora. SR ICE: Ok. E vamos para a linha de Shaun Tandon. OPERADOR: Obrigado. A sua linha está aberta, Sr. Tandon. Pode falar. PERGUNTA: Obrigado. Obrigado pela conferência. Posso fazer uma pergunta sobre Cuba? No Capítulo 2, Estados Patrocinadores de Terrorismo, sei que diz muito claramente que este relatório não constitui um anúncio, mas não há informações sobre Cuba sobre ações que poderiam torná-la um Estado Patrocinador de Terrorismo. O senhor poderia dizer se o governo ainda pensa que Cuba deve ser designada como Estado Patrocinador de Terrorismo e onde está a revisão dessa designação? Obrigado. SR GODFREY: Desculpe, estou a ter dificuldades com a desativação do meu microfone. O que posso dizer sobre isso é que a política de Cuba e a designação que referiu estão a ser revistas. SR ICE: Vamos para a linha de Pearl Matibe. PERGUNTA: Sim. Muito obrigada pela sua disponibilidade e pelo que compartilhou neste relatório. O senhor tem ou viu novas tendências no norte de Moçambique, Tanzânia, República Centro-Africana, naquela região? Eu sei, obviamente, este ano houve alguma intervenção da SADC, mas no ano passado houve alguma nova tendência ou algo que possa compartilhar, particularmente sobre o norte de Moçambique? Gostaria de ouvi-lo a esse respeito. Obrigada. MR GODFREY: Muito obrigado, Pearl. Em termos da região específica que referiu, penso que em Moçambique todos nós vimos – temos visto, aliás – uma escalada bastante acentuada de ataques no norte de Moçambique, na região de Cabo Delgado, pela afiliada do ISIS ali, e que incluiu alguns ataques transfronteiriços na Tanzânia, que você mencionou também. Eu acho que tem havido preocupação sobre a possibilidade dessa ameaça se espalhar para a Tanzânia, e obviamente muita preocupação sobre a capacidade do ISIS-Moçambique de se mover mais para o sul do país, além da região de Cabo Delgado. Portanto, tem havido uma série de esforços em andamento, esforços bilaterais dos EU, mas também os esforços multilaterais da Europa e de outros parceiros – você mencionou a SADC; esse é um deles – em tentar construir a capacidade dos homólogos do Governo de Moçambique para enfrentar essa ameaça. Acho que recentemente houve alguma tração positiva, e isso é bom porque a ameaça é bastante preocupante. Mencionou a RDC, e acho que uma das coisas que eu sinalizaria é que designamos a filial do ISIS lá e estamos bastante preocupados com o papel que essa filial do ISIS em particular desempenha em relação à facilitação – isto é, movimentação de fundos e outro apoio logístico – para alguns dos outros ramos do ISIS noutras partes do continente africano. E, obviamente, conforme mostrado no anexo estatístico do relatório, o número de ataques e fatalidades incorridos por aqueles que foram atribuídos ao ISIS-RDC foi bastante notório também. Espero que isso ajude com o resto da sua pergunta. SR ICE: E vamos para a linha de Jiha Ham. OPERADOR: Desculpas pelo atraso. Jiha, a sua linha está aberta. PERGUNTA: Ok. Obrigado por responder à minha pergunta. A Coreia do Norte é um dos quatro países na lista de Estados Patrocinadores de Terrorismo. Uma das razões pelas quais foram redesignados foi devido às suas ações em – por volta de 2017. E, ultimamente, a Coreia do Norte não se tem envolvido em actos terroristas internacionais, mas têm testado ativamente as suas armas. Então, o que a Coreia do Norte deve fazer se quiser ser excluída ou removida da lista de Estados Patrocinadores de Terrorismo? Simplesmente não estarem envolvidos em nenhum tipo de acto terrorista ou precisam mostrar algum progresso a nível da desnuclearização? Obrigada. SR GODFREY: Obrigado pela pergunta. Receio que não haja muito que eu possa dizer sobre o assunto neste contexto não confidencial, além de dizer que o comportamento da Coreia do Norte numa série de áreas que eu acho que continua a ser problemático e preocupante, e essa é parte da razão pela qual eles permaneceram na lista. MR ICE: E vamos para a linha de Daphne Psaledakis. OPERADOR: Daphne, a sua linha está aberta. Pode prosseguir, por favor. PERGUNTA: Olá. Muito obrigada pela oportunidade. Só queria dar seguimento à pergunta do Shaun sobre a revisão dos Patrocinadores do Terrorismo do Estado de Cuba. Poderia dar-nos uma atualização sobre o cronograma dessa revisão da política? SR GODFREY: Receio não ter nada que possa partilhar em termos de uma espécie de data de término ou uma data de término antecipada com relação a essa revisão. Está em andamento e o Presidente Biden disse que continua comprometido com políticas que irão promover as aspirações democráticas do povo cubano. Mas, além disso, não tenho nada em termos de datas. SR ICE: Ok. E agora vamos para a linha de Beatriz Pascual. PERGUNTA: Olá. Muito obrigada. Portanto, continuando com Cuba, gostaria de saber qual é o nível de referência da revisão na lista de prioridades do Departamento de Estado. E também gostaria de perguntar sobre as FARC e a Venezuela. Se pudesse falar um pouco sobre o que está incluído no relatório sobre a relação entre os dissidentes das FARC, do ELN e o governo de Nicolas Maduro? Obrigada. SR GODFREY: Obrigado, Beatriz. Começando talvez pela segunda parte, os Estados Unidos estão bastante preocupados com a presença contínua de organizações terroristas estrangeiras na América Latina, incluindo o Exército de Libertação Nacional, o ELN e dissidentes das FARC na Colômbia e na Venezuela. Há muito tempo consideramos o ELN um FTO, uma Organização Terrorista Estrangeira, e continuamos preocupados com as suas armas – posse de armas, tráfico de narcóticos, rapto de indivíduos inocentes e ataques a funcionários governamentais colombianos. Já tomámos uma série de medidas para exprimir as nossas preocupações sobre a Venezuela, incluindo a certificação anual da Venezuela como não cooperando totalmente com os esforços antiterrorismo dos EU. E isso tem acontecido todos os anos desde 2006, então essa não é uma preocupação nova. E essa certificação, que foi recentemente renovada apenas em maio passado, estende a proibição resultante contra a venda ou licenciamento para exportação de artigos ou serviços de defesa para a Venezuela. Os Relatórios de Terrorismo de que estamos a falar nesta conversa cobrem organizações terroristas estrangeiras que foram designadas durante o ano civil de 2020 e, portanto, não refletem nenhuma mudança que tenha ocorrido em 2021. E isso incluiria as novas designações de FTO de Segunda Marquetalia e FARC-EP e a revogação da designação das antigas FARC. SR ICE: E vamos para a linha de Conor Finnegan. OPERADORA: As minhas desculpas. Demorou um pouco para encontrar o Conor. Conor, está aberta. Prossiga, por favor. PERGUNTA: Obrigado. Duas perguntas rápidas. Primeiro, mencionou que os principais líderes da Al-Qaeda estão baseados no Irão. O Secretário de Estado anterior tinha feito um discurso em janeiro de 2020 sobre os laços entre os dois, dizendo que eram ainda mais profundos do que isso. O Departamento de Estado ainda mantém esse discurso? O que mais pode dizer sobre a ligação entre o Irão e a Al-Qaeda? E ainda apenas uma espécie de pergunta doméstica. Faltam cerca de 15 dias para 2022, então parece muito tarde para publicar o relatório de 2020. Houve um motivo para o relatório ter chegado tão tarde este ano? Obrigado. MR GODFREY: Muito obrigado, Conor. Acho que, em relação à sua primeira pergunta, continuamos profundamente preocupados com o facto de os líderes séniores da Al Qaeda continuarem a residir em Teerão, em e ao redor de Teerão, e que tem havido facilitação da sua parte que lhes permite permanecer ativos como líderes dentro da empresa global da Al Qaeda. Não é segredo, eu acho, que o Irão é um patrocinador de terrorismo de longa data, e acho que o facto de permitirem que esse quadro de liderança residisse com segurança no Irão é um reflexo do seu uso do terrorismo como um complemento dos seus objetivos de política externa. Mais amplamente, para não monopolizar o púlpito de intimidação aqui, mas o Irão continua a apoiar uma série de grupos terroristas designados com financiamento, treino, armas e equipamentos, e acho que o facto de que essa coorte de liderança sénior da Al Qaeda continuou a residir lá é reflexo dessa abordagem. Relativamente ao seu comentário doméstico, está absolutamente certo. Obrigado por nos manter honestos. Já é bastante tarde para publicarmos este relatório. Sofremos vários atrasos ou fatores que atrasaram a publicação do relatório deste ano. Isso incluiu um novo requisito de relatório adicional, especificamente a inclusão de uma seção relacionada ao terrorismo de identidade branca e extremismo violento com motivação racial ou étnica. Tivemos algumas limitações de pessoal, em parte devido à COVID, que também tornou este um ano particularmente desafiador para organizar tudo isto. E gostaria apenas de acrescentar, por fim, e correndo o risco de parecer lamurioso, que devido a restrições quanto à presença no Gabinete e ao facto de que algumas das informações subjacentes que sustentam o relatório serem confidenciais, isso criou algumas restrições adicionais em termos de conseguir que a linguagem seja aprovada e esclarecida. SR ICE: Ok. Vamos para a linha de Ali Barada. PERGUNTA: Olá. OPERADOR: Ali, a sua linha está aberta. Prossiga. PERGUNTA: Sim, obrigado. O meu nome é Ali Barada, do jornal Asharq Al-Awsat. E a questão é sobre a cooperação entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita no contraterrorismo. O senhor mencionou isso no relatório e elogiou a Arábia Saudita. Poderia esclarecer a forma como está a cooperar com a Arábia Saudita e outros países para combater as ações dos representantes do Irão no Líbano, Síria, Iraque e Iémen? Obrigado. SR GODFREY: Muito obrigado, Ali. Eu começaria apenas por dizer que a Arábia Saudita continua a ser um parceiro de contraterrorismo dos Estados Unidos forte, ativo e muito capaz. Há vários anos que continuamos a fazer parceria com a Arábia Saudita contra o terrorismo na região, bem como no contexto da Coligação Global para Derrotar o ISIS e do Fórum Global de Contraterrorismo. A Arábia Saudita é um membro ativo de ambos. Acho que a Arábia Saudita tem enfrentado uma ameaça particular nos últimos anos dos Houthis no Iémen e, obviamente, esse é um grupo que tem recebido bastante apoio do Irão, e temos divulgado as nossas preocupações sobre isso. E isso é algo em que continuamos a trabalhar com eles. Eles também continuam a enfrentar uma ameaça dentro do país da Al Qaeda e de terroristas alinhados do ISIS, e têm sido bastante capazes de repelir essas ameaças também. Direi que o reino desempenhou um papel positivo nos esforços relacionados com o Iraque, inclusive no que diz respeito a alguns dos esforços para promover a economia e outros esforços de estabilização. E, obviamente, acho que tem havido muita cooperação em toda a região, inclusive com a Arábia Saudita, na tentativa de formar um novo governo no Iraque que reflita a vontade do povo iraquiano. SR ICE: Acho que temos tempo para mais uma ou duas perguntas. Vamos para a linha de Barak Ravid. PERGUNTA: (Inaudível) por isto. Duas perguntas: Primeiro, eu acho que – no relatório (inaudível) dos colonos contra os palestinos, e eu queria saber se o senhor designa este tipo de violência como terrorismo. E, em segundo lugar, Israel deu aos EU informações sobre as seis ONGs que alega fazerem parte de uma – que designou como organizações terroristas. E eu queria saber se, depois de obter esta informação, o senhor concorda com a designação israelita? SR GODFREY: Muito obrigado, Barak. Desculpe, estou a ter algumas dificuldades com o equipamento aqui. Portanto, sobre a sua pergunta relativa à designação das seis ONGs palestinas por Israel como organizações terroristas, os Estados Unidos têm mantido discussões substanciais com o governo de Israel sobre a base para designar esses grupos como afiliados da FPLP. E como sabe, os próprios Estados Unidos designaram a PFLP como um FTO em 1997 e assim permanecem designados até hoje. Levamos muito a sério qualquer alegação de apoio ao terrorismo. Estamos a rever cuidadosamente as informações detalhadas que recebemos de Israel e ainda não chegámos a uma determinação sobre a veracidade dessas informações. SR ICE: E vamos para a linha de Elizabeth Hagedorn. PERGUNTA: Olá, obrigada. O Secretário Blinken descreveu a detenção de supostos combatentes do ISIS no nordeste da Síria como insustentável. Portanto, questiono-me, além de encorajar outros países a repatriar os seus cidadãos que, é claro, representam apenas uma fração da população carcerária total, há mais que os EU poderiam estar a fazer para apoiar o SDF na manutenção dessas instalações? Obrigada. SR GODFREY: Elizabeth, muito obrigado pela sua pergunta importante. A situação no nordeste da Síria com respeito aos combatentes terroristas estrangeiros do ISIS é absolutamente uma das principais preocupações para nós e para os parceiros da coligação. E, de facto, há uma série de linhas de esforço em andamento além de instar os países de origem a repatriar, reabilitar, reintegrar e processar, quando apropriado, os seus FTFs e familiares associados. Tem toda a razão em relação – não é apenas uma questão de europeus ou de outras nacionalidades. Os maiores quadros no nordeste da Síria são – em termos de combatentes e pessoas deslocadas são os próprios iraquianos e sírios. Tem havido uma linha de esforço em andamento para repatriar alguns combatentes iraquianos e familiares associados, o que eu acho que é um passo importante em termos de abordar à escala geral desse conjunto de problemas. Também tivemos recentemente algum sucesso nas transferências principalmente de mulheres e crianças de volta para alguns países europeus, algo que aplaudimos muito. Continuamos o nosso diálogo com os países europeus para exortá-los a adotar o que consideramos ser a abordagem responsável, que é repatriar proactivamente seus cidadãos para evitar um cenário em que esses indivíduos possam, por uma série de razões, escapar do controlo positivo no nordeste da Síria e constituir uma ameaça à segurança que é difícil de prever no futuro, seja na região ou nos seus países de origem. E, finalmente, há esforços em andamento para fortalecer – e melhorar – algumas das instalações físicas nas quais os combatentes estão detidos, bem como algumas das outras capacidades necessárias para a manutenção dessas instalações. E, finalmente, os Estados Unidos continuam intimamente envolvidos e, francamente, fortemente investidos no esforço de assistência humanitária que sustentou a capacidade da SDF e de outros parceiros locais de abrigar de forma responsável os deslocados internos que residem em vários campos no nordeste da Síria. SR ICE: E assim terminámos o tempo que temos para hoje. Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer mais uma vez a todos por estarem em linha e se juntarem a nós. Agradecemos muito. Eu gostaria, é claro, de agradecer muito especialmente ao nosso conferencista, o Coordenador Interino de Contraterrorismo, John Godfrey. Sr. Godfrey, muito obrigado por se juntar a nós. Assim terminamos esta conferência e o embargo sobre a mesma é levantado. Tenham um ótimo resto de dia. Para ver o texto original, acesse: https://www.state.gov/acting-coordinator-for-counterterrorism-john-t-godfrey-on-the-2020-country-report-on-terrorism/ Esta tradução é oferecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.