Departamento de Estado dos EUA
28 de Julho de 2021
Teleconferência Especial
Centro Regional de Imprensa de África
Moderadora: Boa tarde a todos do Centro Regional de Imprensa de África do Departamento de Estado dos EUA. Gostaria de dar as boas-vindas aos nossos participantes de todo o continente e agradecer a todos vós por participarem desta discussão. Hoje, temos o prazer de contar com a presença da Assistente Especial do Presidente e Diretora Sénior para África no Conselho de Segurança Nacional, Sra. Dana L. Banks. A Sra. Banks irá debruçar-se da forma como o Governo dos EUA está a trabalhar para aumentar o comércio e os investimentos EUA-África por meio da Prosper Africa. Esta conferência de imprensa ocorre no momento em que a Cimeira do Conselho Empresarial de Negócios EUA-África de 2021 decorre virtualmente, com a Prosper Africa como patrocinadora do evento.
Começaremos a teleconferência de hoje com os comentários iniciais da Sra. Banks; depois, passaremos às vossas perguntas. Tentaremos abranger o maior número possível durante o tempo de que dispomos.
A qualquer momento durante a conferência se quiser fazer uma pergunta ao vivo, indique-o clicando no botão “levantar a mão” e escreva seu nome, órgão de comunicação e localização no guia “perguntas e respostas”.
Como alternativa, pode escrever a sua pergunta completa diretamente na de perguntas e respostas para que eu a leia aos nossos palestrantes. Mais uma vez, inclua o seu nome, órgão de comunicação e localização. Se gostaria de participar da conversa no Twitter, por favor, use a hashtag #AFHubPress e siga-nos no Twitter @AfricaMediaHub.
Recordo que a conferência de hoje é on the record e, com isso, passarei a palavra a Dana L. Banks.
Sra. Banks: Muito obrigada, Marissa, e é realmente um prazer estar aqui convosco hoje, com o Centro de Imprensa e com jornalistas de todo o continente. Como alguém que passou a maior parte de sua carreira no serviço governamental, a trabalhar no continente ou a trabalhar em questões africanas a partir de Washington, é um verdadeiro prazer e uma honra servir a Administração nesta capacidade aqui neste momento a Administração Biden-Harris no Conselho de Segurança Nacional.
Vou começar brevemente com alguns comentários e, como afirmou, responderemos a perguntas. Será um prazer responder a perguntas.
O ano passado realmente mostrou-nos como o nosso mundo está interconectado e como os nossos destinos estão interligados. É por isso que o Presidente Biden está empenhado em reconstruir as nossas parcerias em todo o mundo. Devemos todos trabalhar juntos para realizar – para realizar a nossa visão compartilhada de um futuro melhor. África está num momento crucial da sua trajetória. A próxima década determinará qual caminho África tomará. O Presidente Biden acredita que as muitas economias e populações dinâmicas e de rápido crescimento de África podem e devem significar um futuro brilhante para o continente – um futuro com crescimento inclusivo, desenvolvimento sustentável, segurança de saúde aprimorada, progresso democrático e estado de direito.
Os Estados Unidos estão prontos para fazer parceria com as nações africanas, bem como com a sua vibrante sociedade civil e jovens líderes para alcançar esse futuro. O nosso compromisso em alcançar o potencial de África também significa trabalhar com as nações africanas para combater as ameaças representadas pelo extremismo violento, pelas mudanças climáticas e pela influência estrangeira ilegítima. E conforme seguimos a nossa agenda afirmativa compartilhada, também – também trabalharemos com líderes africanos para lidar com conflitos e crises humanitárias que estão a custar vidas em todo o continente. E, como disse o Presidente Biden nas primeiras semanas deste governo, os Estados Unidos estão prontos para fazer parceria com África em solidariedade, apoio e respeito mútuo.
E então eu gostaria apenas de mencionar brevemente a Prosper Africa e o que foi anunciado esta semana, e então passaremos para as perguntas.
Então, ontem, a Administração deu início à nossa campanha Prosper Africa Build Together (Construindo Juntos) na Cimeira do Conselho Empresarial de Negócios EUA-África. Diante disso, o Presidente solicitou 80 milhões de dólares em recursos de financiamento adicionais para dar início a esta campanha. A campanha é um esforço direcionado para elevar e incentivar o compromisso dos Estados Unidos com o comércio e investimento com países em todo o continente africano sob a Administração Biden-Harris. E a nossa meta é aumentar substancialmente o comércio e os investimentos bilaterais entre os Estados Unidos e África, ligando empresas e investidores americanos e africanos com oportunidades de negócios tangíveis. E como vamos fazer isso? Então, algumas maneiras concretas através das quais tentaremos fazer isso. E de acordo com o compromisso assumido pelo Presidente Biden através da Build Back Better World (Reconstruir um Mundo Melhor), ou Parceria B3W no G7, alcançaremos esses objetivos identificando e promovendo novas oportunidades para empresas, investidores e trabalhadores dos EUA e de África que aumentam o comércio e mobilizam capital privado para fomentar o crescimento económico e a criação de empregos, com foco nos principais sectores e na economia verde.
Por exemplo, a Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento dos EUA, ou DFC, investiu quase 2 mil milhões de dólares em financiamento para projetos em África no primeiro semestre do ano fiscal de 2021 e pretende alocar outros 500 milhões ou mais até o final do ano fiscal. Enquanto isso, a Millennium Challenge Corporation assinou um acordo de cooperação com o West African Power Pool e um Memorando de Acordo com os Governos do Burkina Faso e Costa do Marfim, que facilitará as oportunidades de aumento do comércio e investimento dos EUA no sector de energia na região da África Ocidental. Existem também vários outros acordos e iniciativas que envolvem a USAID, o Departamento de Comércio, a Agência de Comércio e Desenvolvimento dos EUA e outras agências, com o objectivo de facilitar as coisas para as empresas dos EUA em sectores essenciais para o crescimento económico de África investirem no continente.
Por fim, forneceremos apoio direcionado a pequenas e médias empresas com foco específico na diáspora africana e nos seus negócios e investidores nos Estados Unidos.
Então, assim, terei o prazer passar às perguntas e de expor mais adiante alguns dos – qualquer um dos pontos que acabei de mencionar.
Moderadora: Bem, obrigada, Sra. Banks. Agora começaremos a parte de perguntas e respostas da teleconferência de hoje. Para aqueles que fazem perguntas, indiquem se gostariam de fazer uma pergunta e, em seguida, escrevam o vosso nome, localização e afiliação na guia “perguntas e respostas”. Pedimos que se limitem a uma pergunta relacionada com o tópico da conferência de hoje: como o Governo dos EUA está a trabalhar para aumentar o comércio e os investimentos EUA-África através da Prosper Africa.
Para os que estão a colocar perguntas no idioma – em francês ou português, podem escrever essas perguntas no Q&A e nós garantiremos que essas perguntas sejam traduzidas para a nossa palestrante.
A nossa primeira pergunta, iremos para as perguntas enviadas para nós, a primeira sendo do Sr. Peter Fabricius do Daily Maverick da África do Sul. Oh, vamos transmitir ao vivo para Peter. Vamos ao vivo para Peter Fabricius. OK. Peter, pode fazer sua pergunta ao vivo.
Pergunta: Olá. Obrigado, Marissa. Obrigado, Sra. Banks, também, por nos informar. Sim, eu só quero – minha pergunta é realmente apenas para perguntar se você acredita, como os EUA, que os incidentes na África do Sul nas últimas semanas de tumultos e saques em massa e assim por diante terão impacto na confiança empresarial dos EUA na África do Sul, e se possivelmente fará com que as empresas americanas parem de investir ou desencoraje novas empresas a investir? Obrigado.
Sra. Banks: Obrigada, Peter, e é bom ouvir a sua voz esta manhã. Olhe, nós – acho que estávamos definitivamente preocupados com os protestos recentes e subsequentes tumultos e saques na África do Sul, mas também estamos encorajados com a forma como os sul-africanos se uniram para reconstruir o país e como o presidente Ramaphosa mobilizou recursos do governo, também do sector privado, para ajudar as empresas a reconstruir e ajudar as pessoas afectadas pelo saque. E eu acho que para a Prosper Africa, que é uma iniciativa de 17 departamentos e agências do Governo dos Estados Unidos, cada um trás suas próprias habilidades e conhecimentos para a iniciativa de fortalecer o que eles fazem em benefício dos investidores americanos e sectores-chave no continente, eu acho que é importante – ainda mais agora, à luz disso, e infelizmente a África do Sul não está sozinha; existem – há instabilidade e outras preocupações em todo o continente em vários setores e mercados onde os investidores estão em busca de investir, e é por isso que é ainda mais importante que tenhamos especialistas no local que possam ajudar a aconselhar as nossas empresas e negócios sobre o clima de investimento. E vamos continuar a fazer isso.
Acho que os investidores americanos são intrépidos e estão em busca de novos mercados, e sabem que África é o mercado de crescimento mais rápido e potencialmente o mais lucrativo para investir. Portanto, é isso que continuaremos a fazer como Governo dos EUA: aconselhar, contextualizar e coisas semelhantes para garantir que haja investimentos bons e sólidos em sectores-chave em todo o continente.
Moderadora: Obrigada. Em seguida, iremos para Simon Ateba. Sr. Ateba, faça sua pergunta e identifique o seu órgão de comunicação.
Pergunta: Óptimo. Obrigado por responder à minha pergunta. Aqui é Simon Ateba do Today News Africa em Washington, D.C. E obrigado por esta oportunidade. O Presidente Biden e o seu Governo levam muito a sério a competição e o confronto com a China em África. Pode falar um pouco sobre como o novo compromisso assumido na Cimeira Empresarial EUA-África ajudará os EUA a combater a China em África no que diz respeito ao comércio? Obrigado.
Sra. Banks: Claro. Obrigada, Simon. Obrigada por essa pergunta. Olhe, eu acho que nós estamos – os Estados Unidos estão interessados em investir e aumentar o investimento em África para o potencial básico e sólido e as possibilidades que existem no continente. A forma como fazemos comércio e investimentos é bastante diferente de outros países, especialmente na China que mencionou. E nós – a razão pela qual estamos a repensar ou repensamos a Prosper Africa é porque a vemos como uma parceria genuína baseada num compromisso com a prosperidade compartilhada. E é assim que os Estados Unidos fazem a política externa; alinhados e consistentes com os nossos objectivos e com as nossas crenças como americanos.
A crescente integração de África nos mercados globais, o boom demográfico e, claro, a cultura próspera do empreendedorismo representam uma oportunidade notável para fortalecermos esses laços económicos e promovermos novas oportunidades para as empresas americanas e africanas para impulsionar o crescimento económico e a criação de empregos e uma maior participação dos EUA no futuro de África. Então esse é realmente o nosso objectivo nisto.
Obviamente, a iniciativa Build Back Better World (Reconstruir um Mundo Melhor) é aquela que terá mais peso no tipo de infraestrutura de negócios e compromissos em termos de infraestrutura de saúde e infraestrutura física real nos países, infraestrutura digital, coisas que os países precisam para prosperar e crescer e também para torná-los num ambiente mais propício para investimentos. E, portanto, não nos vemos necessariamente em concorrência com a China. Obviamente, existem alguns desafios relacionados ao envolvimento chinês e iremos abordá-los diretamente conforme for necessário, mas o nosso envolvimento com África está focado no relacionamento mutuamente benéfico e na parceria que vemos com países em todo o continente.
Moderadora: Então, a questão da China contra África em relação aos EUA é grande, e temos duas perguntas que estão nas nossas perguntas e respostas, então vou de algum modo combiná-las para que a senhora possa responder. Uma é da Voice of America, de Si Yang. A outra é da Brooks Spector, aqui em Joanesburgo. Portanto, as perguntas são: “A Administração Biden deixou claro que a relação EUA-China para o futuro é uma competição entre democracia e governação autoritária. O outro lado disso é com o impulso da nova administração, a Administração Biden pode igualar o envolvimento chinês com África, e que papel os valores democráticos e os direitos humanos desempenham no plano do Presidente Biden para África?” Então, talvez uma pequena visão sobre a possível estratégia para a África aqui da Administração Biden.
Sra. Banks: Certo. Obrigada. Obrigada por essas perguntas e por colocá-las juntas. Portanto, emitimos a orientação estratégica provisória no início da administração e, obviamente, estamos atualmente no processo de elaboração da Estratégia de Segurança Nacional completa, que esperamos lançar ainda este ano. Mas eu acho – e como vimos com várias ordens executivas e memorandos de segurança nacional especificamente no que se refere ao anticorrupção, os valores democráticos, sabemos, estão no cerne dos princípios americanos, e certamente estão no cerne dos objectivos da Administração Biden no envolvimento em todo o mundo e particularmente em África. E é uma prioridade para a Administração Biden-Harris elevar a democracia, a boa governação, o estado de direito e os direitos humanos como questões na nossa política externa, porque isso é fundamental para quem somos e é fundamental para o que os Estados Unidos defendem.
E o nosso apoio à governação centrada no cidadão e ao respeito pelos direitos humanos visa reduzir a instabilidade, a fragilidade e o ressurgimento do autoritarismo, como mencionou. Portanto, chegar às raízes das causas da instabilidade e dos impulsionadores dos conflitos que vemos em todo o continente, como no norte de Moçambique e no Sahel – vemos isso de forma muito acentuada. Mas também sabemos que tem havido um retrocesso preocupante com a democracia e no respeito pelos direitos humanos em algumas partes do continente, e isso é uma preocupação. Mas acho que o que esperamos fazer é trabalhar com os nossos parceiros, trabalhar com governos, trabalhar com uma sociedade civil para resolver essas questões e, novamente, fazer dos nossos valores e da governação democrática e do Estado de Direito a pedra angular da nossa estratégia, da nossa diplomacia e, claro, do nosso compromisso com os nossos parceiros africanos daqui para a frente. Isso ajuda a responder à pergunta?
Moderadora: Penso que sim. Obrigada.
Sra. Banks: OK.
Moderadora: Em seguida, iremos ao vivo para Pearl Matibe. Pearl, por favor indique a sua afiliação e a sua pergunta.
Pergunta: Olá. Sou a Pearl e estou com a Power FM 98.7. Estou posicionada aqui em Washington, D.C., mas transmitimos para a África do Sul e países vizinhos. Sra. Banks, gostaria apenas de começar por aplaudir seus esforços e o facto de que reconheceu e está a trabalhar para incluir um sector significativo que apoia o continente, que é a diáspora. As administrações anteriores não fizeram o mesmo, e espero ver algo definitivo, demonstrativo numa doutrina Biden em relação a África que inclui a diáspora além das remessas que eles enviam para o continente.
A minha pergunta para si é a respeito da diáspora, e é: pode esclarecer um pouco mais e talvez ir além do que já compartilhou sobre o que estão dispostos com esta nova iniciativa? Fico feliz em ver que há uma nova roupagem nesta abordagem de política externa, mas gostaria de obter uma compreensão mais clara de como isso pode funcionar, onde as pessoas podem ser capazes de obter essas informações. Acho que essa será uma notícia bem-vinda para milhões de pessoas no nosso público, então agradeço a sua resposta e estou ansiosa por uma doutrina Biden que inclua a diáspora nela. Obrigada.
Sra. Banks: Muito obrigada, Pearl. Óptima pergunta. Fico feliz em dar alguns exemplos específicos de como a Prosper Africa já viveu de algum modo de acordo com o que estamos a imaginar agora para esta fase da sua reinvenção e os tipos de negócios que – desculpe – e as actividades e compromissos que continuaremos a fazer. E eu só quero mencionar que todas essas informações podem ser encontradas no site da Prosper Africa, que é prosperafrica.gov, e esperamos ter um informativo no site da Casa Branca em breve para enumerar todas as – toda a releitura da iniciativa e mais alguns detalhes que pode consultar.
Então, vou apenas mencionar algumas parcerias aqui. Vários exemplos. Há um período de tempo que envolve mãe e filha por trás dos cosméticos Eu’Genia Shea, que tem sede no Gana, que foi apoiada pela Prosper Africa trabalhando com a USAID e a Fundação de Desenvolvimento de África dos EUA para construir o seu negócio a partir do zero. Eles agora estão a exportar o hidratante Mother’s Shea para mais de 1.000 lojas Target nos Estados Unidos, apoiando 10.000 colectoras de carité no processo. E eu sei que muitos de nós nesta conferência, especialmente mulheres, estão bem familiarizados com a marca de hidratação Shea.
Além disso, os Estados Unidos trabalharam com investidores institucionais em todo o país para aproveitar novas oportunidades de investimento em África. O Fundo de Pensões de professores de escolas públicas de Chicago investiu recentemente 20 milhões num fundo africano que apoia empresas africanas em saúde, educação, telecomunicações e muito mais. Este investimento está a gerar retorno para os professores de Chicago, ao mesmo tempo que apoia empresas africanas inovadoras e impactantes. E, por último, mas não menos importante, na verdade ainda ontem, a Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento anunciou que fornecerá 217 milhões em financiamento de dívida para uma nova central elétrica de 83 megawatts em Freetown, que aumentará a capacidade de geração da Serra Leoa ao mesmo tempo que melhora as vidas e meios de subsistência em todo o país.
Portanto, espero que esses exemplos ajudem a comprovar um pouco do que somos e do que continuaremos a fazer com a iniciativa Prosper Africa.
Moderadora: Muito obrigada por compartilhá-los. Vamos para um dos nossos contactos de língua francesa do Senegal, Abdourahmane Diallo da Agência de Imprensa Africana, APA News, com sede em Dacar, Senegal. A sua pergunta é: “Gostaria de saber se os 80 milhões solicitados pelo Presidente Biden estão prontos e disponíveis” – e vamos ver isso – “estão prontos e disponíveis, e como serão utilizados, alocados em diferentes sectores, etc., como esses fundos serão usados e se há sectores específicos que estão em destaque.”
Sra. Banks: Certo, então sectores. sim. Portanto, atualmente esse pedido faz parte do pedido de orçamento geral do Presidente ao Congresso. Essa também é uma informação publicamente disponível, para que você possa olhar e ver o que está incluído, não apenas os 80 milhões, mas todo o pedido do Presidente. E não podemos ultrapassar o que o Congresso pode eventualmente aprovar, mas o que esperamos que isso faça é apoiar, como mencionei, algumas iniciativas que estarão em linha com o que a iniciativa Build – Build Back Better World (Reconstruir um Mundo Melhor) prevê em termos de financiamento de infraestrutura. Mencionei a Corporação Financeira Internacional para o desenvolvimento, negócios adicionais, mas também para tentar ajudar as 17 agências do Governo dos EUA enquanto tentam fazer o seu trabalho no continente, seja isso aumentando a combinação de negócios para investidores americanos em sectores-chave do continente, seja saúde, agricultura, sector de energia. Esses são alguns dos sectores-chave que estudaremos.
Portanto, é geralmente assim que imaginamos usar, se aprovados, esses 80 milhões que foram solicitados, e realmente – a Prosper África foi uma nova iniciativa iniciada em 2019. Há uma história de iniciativas maravilhosas iniciadas em administrações anteriores que foram transportadas. Apenas para citar algumas: PEPFAR, Millennium Challenge Corporation e Power Africa. Portanto, esta é uma iniciativa em que definitivamente sentimos ter esperança, promissora e queríamos construí-la melhor, reconstruir a Prosper melhor para garantir que ela realmente atenda às necessidades não apenas dos investidores americanos, mas dos sectores e dos negócios em África onde procuramos investir, e é também por isso que adicionamos o elemento de negócios da diáspora e apoio a negócios de propriedade de mulheres e pequenas e médias empresas no continente.
Moderadora: Obrigada. Na verdade, é uma óptima transição, falar sobre iniciativas, como vemos uma pergunta nas nossas perguntas e respostas de Femi Adekoya da Nigéria, The Guardian. A pergunta é: “Você vê a Prosper Africa a substituir o AGOA, o Acto para o Crescimento e Oportunidades para África, quando este terminar em 2025?”
Sra. Banks: Excelente pergunta. Eu sei que há muita consternação e preocupação com o fim legislativo iminente da legislação do AGOA, que visa expirar em 2025. E olhe, e acho que ainda estamos a conversar com os nossos colegas do Gabinete do Representante de Comércio dos EUA sobre como nós podemos pegar no que será o próximo capítulo do AGOA. Porque mesmo que o AGOA termine … bem, a legislação fá-lo-á em 2025, mas se não houver outra rodada do AGOA no horizonte, qual seria o próximo elemento? Qual é o próximo passo na relação comercial com os Estados Unidos e África? E acho que o AfCFTA é uma forma que estamos a tentar aumentar – voltando à pergunta anterior sobre os 80 milhões – aumentando parte do envolvimento que queremos ver com o continente através de um mecanismo que foi aprovado pelos países anfitriões no continente, e queremos usar isso para tentar ajudar no nosso envolvimento, porque isso é algo que os países africanos disseram que querem. Portanto, queremos ver como podemos apoiar isso e olhar para o próximo nível de comércio, de uma relação comercial com África como um bloco, mas também com países a nível individual.
Portanto, é algo que ainda estamos a avaliar e investigar, e eu não pensaria necessariamente no encerramento do AGOA como algo necessariamente ruim. Acho que os países maiores do continente puderam tirar proveito dos benefícios do AGOA, e alguns dos – alguns países, francamente, ainda não conseguiram. Portanto, acho que precisamos buscar novas maneiras de garantir que a nossa relação comercial com toda a África, com todo o continente, seja mutuamente benéfica para todos nós.
Moderadora: Com certeza. Conselheira Banks, podemos contar consigo por mais cinco minutos ou mais? Temos algumas –
Sra. Banks: Claro.
Moderadora: – perguntas que gostaríamos de receber. Muito obrigada. A próxima pergunta é da ESI, da África do Sul, da Sra. Claire Volkwyn. A sua pergunta é: “Como esta iniciativa,” Prosper Africa, “provavelmente terá impacto no trabalho que está a ser feito pela Power Africa e pela USAID? Há um foco específico no poder no programa Prosper Africa?” Estou animada para ouvir sua resposta, porque ajudará as pessoas a entender que este grande dispositivo consiste em 17 agências governamentais dos EUA trabalhando juntas. É consigo, Sra. Banks.
Sra. Banks: Isso mesmo. Obrigada, Marissa. Então, como mencionei antes, nós somos – Power Africa foi uma iniciativa que surgiu sob a Administração Biden e realmente emergiu como uma das iniciativas mais fortes e duradouras, eu acho, e mais tangíveis que vemos que realmente causa um impacto na vida das pessoas em todo o continente. E então, é claro, a energia é um sector que definitivamente estamos a considerar como um dos sectores prioritários para o envolvimento com a Prosper África, e eu gostaria também de acrescentar o clima, porque o clima também é – ou o sector do clima é um dos que nos merecem atenção.
Então, vou apenas mencionar, e vou aqui para alguns dos meus factos apenas para ter certeza de que meus números estão corretos, então a Power Africa e a Agência Africana de Seguros de Comércio assinaram recentemente um memorando de entendimento que estende sua cooperação até 2022 para ajudar a aumentar investimentos em países membros africanos e fluxos de comércio bilaterais entre África, os Estados Unidos e o resto do mundo. A ATI facilita as exportações, os fluxos de investimento direto estrangeiro e os fluxos comerciais dentro do continente. Esse é apenas um exemplo de como a Power Africa foi incorporada à Prosper Africa.
E então outra questão que vou mencionar: compromissos recentes da Power Africa, da Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento, da Agência de Comércio e Desenvolvimento dos EUA e da Millennium Challenge Corporation, bem como da US Africa Development Foundation, apoiarão a expansão da – soluções de energia da rede em África, que representam 24 mil milhões – uma oportunidade de 24 mil milhões anualmente. Além disso, através da sua parceria global para o clima inteligente – aqui vamos nós – para infraestrutura inteligente para clima, os EUA – a Agência de Comércio e Desenvolvimento dos EUA planeia atribuir até 60 milhões nos próximos três anos para desenvolver soluções de infraestrutura inteligente para clima que irão abrir mercados emergentes para a exportação de produtos, tecnologias e serviços manufaturados dos EUA. Uma parte significativa desses fundos apoiará soluções de infraestrutura resilientes e de baixo carbono em toda a África. E, claro, eu mencionei anteriormente o acordo de cooperação do West African Power Pool com o MCC.
São apenas alguns exemplos de como somos – como a Power Africa está envolvida na Prosper Africa.
Moderadora: É realmente incrível como o Governo dos EUA está a juntar tudo isso para realmente mostrar como é a política económica no continente.
A nossa próxima pergunta será ao vivo. Iremos para o Sr. Esnart Lungu da Zâmbia. Sr. Lungu, faça a sua pergunta e indique a sua afiliação. Esnart Lungu, pode fazer sua pergunta. Ok, pode estar – oh, aí está. Sr. Lungu, faça a sua pergunta.
Pergunta: Eu consigo ouvi-la, mas vou apenas prosseguir e –
Moderadora: Oh, Sra. Lungu, faça a sua pergunta.
Pergunta: Está bem. A minha pergunta é -o meu nome é Esnart Lungu da Spring TV – Spring 24 TV na Zâmbia. Então a minha pergunta é em relação às exportações. Portanto, os EUA têm sido considerados um dos países ou mercados mais difíceis de penetrar para os produtores africanos, especialmente a Zâmbia. Acho que só temos, tipo, um produtor a exportar para os EUA. Então, como essa iniciativa ajudará a tornar mais fácil para nossos produtores exportar para os EUA? Obrigada.
Sra. Banks: Obrigada Esnart pela pergunta. Desculpe. Então, o que sempre fizemos como Governo dos Estados Unidos e várias agências envolvidas na Prosper é que, por meio da USAID, por exemplo, ajudamos a apoiar os empresários locais com serviços de consultoria, também com apoio para o crescimento de seus negócios na tentativa de entender como melhor comercializar os seus produtos para – desculpe-me, para exportação potencial para os Estados Unidos. Portanto, continuaremos a fazer isso. Provavelmente aumentaremos alguns desses serviços para garantir que estejamos realmente a concentrarmo-nos nos sectores-chave, mas também a ajudar algumas dessas empresas menores, esses empreendedores menores. Olhe, eu já conheci – eu já passei – eu viajei por todo o continente e vi tantos exemplos maravilhosos e realmente inspiradores de empreendedorismo, de têxteis a manteiga de carité e joias, e pensava para mim mesma, acho que isto se venderia como pão quente na Target ou na Macy’s.
Então eu acho que África é definitivamente à la mode, como eles dizem, e produtos do continente, então eu acho que isso é o que a Prosper África fará e continuará a fazer e buscará fazer mais no futuro – para certificar-se de que essas empresas menores, essas empresas propriedade de mulheres, estejam no local, tenham os recursos e as ferramentas de que precisam para se ligarem a investidores nos Estados Unidos e, se possível, a empresas da diáspora e empresas de propriedade de mulheres nos Estados que realmente entendem do que se trata – quais os tipos diferentes de produtos e artesanatos que podem realmente vender para os mercados aqui nos Estados Unidos. Estou muito animada com isso.
Moderadora: Acho que conseguimos ouvir o entusiasmo na sua voz. Portanto, estamos a ficar sem tempo. Achamos que teremos mais uma pergunta. Iremos ao vivo para o Sr. Jared Szuba. Jared, indique a sua afiliação.
Pergunta: Olá, obrigado pela oportunidade. Estou com o Al-Monitor. Gostaria de saber se poderia nos fornecer uma atualização sobre o relacionamento com o Sudão. Sei que havia uma promessa de ajuda relativa ao trigo sob a administração anterior, se ela foi cumprida; e que obstáculos permanecem para o relacionamento dos EUA com, obviamente, este país tão importante da África Oriental?
Sra. Banks: Claro, essa é uma óptima pergunta. Olhe, eu acho que o Sudão está num momento crucial da sua transição para um pleno funcionamento, ou de volta a uma democracia em pleno funcionamento. Estamos com o povo do Sudão. Definitivamente, temos compromissos fortes e robustos no futuro e algumas coisas surgindo que, acredito, certamente demonstrarão o nosso compromisso com o nosso relacionamento e também com o povo sudanês. Temos pacotes de assistência. Não tenho os números exactos, mas tenho certeza de que posso conseguir – lá vamos nós. Oh, não, esses não são os números de assistência. Posso mandar para a Marissa depois do ocorrido, se quiser saber a assistência, os números totais.
Mas realmente apoiamos a transição que está a ocorrer. Recentemente participei de um evento do Conselho Empresarial EUA-Sudão com o primeiro-ministro Hamdok e fiquei muito encorajada pelas oportunidades que estão a surgir no Sudão agora para negócios, mas também em termos das oportunidades que estão a ser dadas ao seu povo através do governo e através da ajuda, nossa e de parceiros internacionais. Portanto, acho que há coisas interessantes por vir para o nosso relacionamento com o Sudão e para o povo sudanês. Então fiquem atentos.
Moderadora: Ok, provavelmente terei problemas por isto, Sra. Banks, mas há uma última – uma pergunta final, do Gana.
Sra. Banks: Não há problema.
Moderador: E vamos transmitir ao vivo para Maxwell Kudekor, e então, a todos, muito obrigado, e então teremos que terminar. Sr. Kudekor, a última pergunta é para si, por favor indique a sua afiliação e a sua pergunta.
Pergunta: Sim, obrigado. Por favor, consegue ouvir-me?
Moderadora: Sim, conseguimos ouvi-lo. Pode continuar.
Pergunta: O meu nome é Maxwell Kudekor. Sou do Grupo Multimídia no Gana. Estou particularmente preocupado com a segurança marítima, no sentido de que a maior parte desse comércio de que estamos a falar acontece ou vai acontecer em grande parte no mar. Como os EUA estão a ajudar as nações costeiras a proporcionar segurança no mar, especialmente numa era em que a pirataria e outros crimes estão supostamente em alta no mar?
Moderadora: Então, vou reformular essa pergunta para ter certeza de que ouviu bem, Sra. Banks. A questão é: o que os EUA vão fazer para proteger os mares – estamos a falar de pirataria – como a maior parte do comércio e investimento, os mares terão que ser usados para transportar muitos materiais? Então, o que os EUA estão a fazer para ajudar os países ao longo dos estados costeiros da África a ter uma melhor segurança marítima?
Sra. Banks: Óptimo, obrigada. E eu aceito, já que está a ligar do Gana, vou concentrar-me nas questões do Golfo da Guiné e segurança marítima. Olhe, obviamente estamos preocupados com as ameaças crescentes que estamos a ver no Sahel e as ameaças que representam, como essas ameaças potencialmente se movem mais para o sul e em direção às fronteiras marítimas de países como Gana, Costa do Marfim, Benin, Togo. E estamos a trabalhar com os nossos parceiros no Sahel, com os franceses, com a UE e com outros para tentar conter algumas das ameaças que estão presentes atualmente, a ameaça terrorista no Sahel, mas também as preocupações com a segurança marítima, nós estamos com os nossos colegas do Departamento de Defesa, temos alguns programas de assistência – desculpe-me – para os quais trabalhamos com países individuais para ajudar a proteger as suas fronteiras marítimas.
Mas, como mencionei anteriormente na conferência, na raiz de tudo isso estão as causas básicas da instabilidade, portanto, também estamos a trabalhar com os governos dessa costa, em particular do Golfo da Guiné, para podermos enfrentar melhor os desafios de segurança, mas também a prestação de serviços aos seus cidadãos para prevenir, para conter, esperançosamente, esta ameaça de invadir ainda mais as fronteiras marítimas e ameaçar as vidas e meios de subsistência das pessoas no Sahel e no litoral da África Ocidental. Portanto, é uma óptima pergunta. É um tópico no qual estamos definitivamente envolvidos e em que vamos continuar a trabalhar.
Moderadora: Bem, chegámos ao fim do tempo hoje. Conselheira Banks, tem alguma palavra final?
Sra. Banks: Sim, ainda bem que pergunta. Já que ninguém tocou no assunto – estou realmente surpresa que ninguém tenha tocado no assunto – mas eu queria destacar, porque quando comecei as minhas observações dizendo como o ano passado e a pandemia mostraram como estamos interligados, e como eu tenho certeza de que está ciente de que o Presidente Biden, em Maio, anunciou que compartilharíamos com – globalmente 25 milhões de vacinas, doses de vacinas em todo o mundo e no continente. E temos trabalhado, nas últimas três semanas, por meio da União Africana e da COVAX, entregando as primeiras rondas, em alguns casos, segundas rondas, de doses aos nossos parceiros africanos. E só hoje, temos o prazer de anunciar que enviaremos mais de 5 milhões de doses para a África do Sul, bem como 4 milhões – 5 milhões de doses – mais de 5 milhões de doses para a África do Sul de vacinas Pfizer, bem como 4 milhões de doses da vacina Moderna para a Nigéria.
Acontece que o envio foi – está programado hoje para minha ligação para o Centro de Imprensa, mas temos feito entregas em países de todo o continente nas últimas três semanas. Entre em declarouepartment.gov [sic], siga o Twitter do Secretário de Estado Antony Blinken e veja todas as doses que estão a ser e foram distribuídas em todo o continente. Mas fiquei muito satisfeita por anunciar essas duas hoje porque, até o momento, são o maior número de doses que já enviámos para o continente. Portanto, estamos muito entusiasmados com isso e esperamos que isso ajude muito a fornecer segurança e proteção à saúde para o povo da Nigéria e da África do Sul, o que lhes permitirá voltar às suas atividades normais, à sua economia e atividades regulares e ajudá-los a reconstruir melhor.
Moderadora: Bem, muito obrigada, Conselheira Banks, e a todos os nossos participantes, lembrem-se de que ouviram isto aqui no Centro de Imprensa de África. Assim concluímos a conferência de hoje. Gostaria de agradecer a Dana L. Banks, Assistente Especial do Presidente e Diretora Sénior para África no Conselho de Segurança Nacional, por falar connosco hoje, e agradecer a todos os nossos jornalistas pela participação.
Se tiver alguma dúvida sobre a conferência de hoje, pode entrar em contacto com o Centro de Imprensa Regional de África em AFMediaHub@state.gov. Obrigada.
Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/digital-press-briefing-on-u-s-africa-trade-and-investment-through-prosper-africa/
Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.