Missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas
Gabinete de Imprensa e Diplomacia Pública
16 de Outubro de 2022
Ao assinalarmos o Dia Mundial da Alimentação, estamos a enfrentar a pior crise de segurança alimentar que já vi. Os impactos agravantes da pandemia, o aprofundamento da crise climática, o aumento dos custos de energia e fertilizantes e conflitos prolongados – incluindo a invasão ilegal e injustificada da Ucrânia pela Rússia – interromperam as cadeias de fornecimento globais e aumentaram drasticamente os preços globais dos alimentos. É de partir o coração saber que, como resultado disso, hoje à noite mais de 828 milhões de pessoas vão dormir com fome.
Esta crise sem precedentes exige uma resposta sem precedentes. Os Estados Unidos esforçaram-se para fornecer mais de US$ 10,5 mil milhões em assistência humanitária e de desenvolvimento para a segurança alimentar e galvanizaram uma resposta global. Mais de 100 países já assinaram o Roteiro dos Estados Unidos para a Segurança Alimentar Global – Apelo à Acção, dando-nos uma imagem partilhada desta crise e uma visão comum para enfrentá-la. A Cimeira Global de Segurança Alimentar, copresidida pelos Estados Unidos durante a 77ª Semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU, reafirmou o compromisso dos líderes mundiais de agir com urgência para evitar a fome extrema de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo.
Graças aos esforços diligentes do Secretário-Geral da ONU e da Turquia, a Iniciativa de Cereais do Mar Negro trouxe mais de 7 milhões de toneladas métricas de alimentos urgentemente necessários para as populações famintas do mundo. Esta iniciativa é essencial para a segurança alimentar global e deve ser ampliada. E com uma seca de vários anos no Corno de África e partes da Somália em risco de fome pela segunda vez em pouco mais de uma década, ainda há mais a ser feito.
Mas para acabar com a fome não podemos apenas fornecer comida aos famintos. Também temos de abordar o que está a impulsionar a insegurança alimentar em primeiro lugar – aumento dos custos de energia, mudanças climáticas, COVID e a fonte mais insidiosa da fome: o conflito. É por isso que sempre levei esta questão ao Conselho de Segurança da ONU. A segurança alimentar é uma questão de segurança nacional. É uma questão económica. Mas, acima de tudo, é uma questão moral.
Ao refletirmos sobre o Dia Mundial da Alimentação, aproveitemos o momento para trabalhar juntos entre governos, países e povos para acabar com a fome. Agora é o momento de forjar parcerias com a sociedade civil e o sector privado, aproveitar as novas tecnologias e melhores técnicas, construir os sistemas alimentares e as estruturas do futuro e acabar com a fome de uma vez por todas.
Veja o conteúdo original: https://usun.usmission.gov/statement-by-ambassador-linda-thomas-greenfield-on-world-food-day/#:~:text=Food%20security%20is%20a%20national,among%20peoples%20to%20end%20hunger .
Esta tradução é oferecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.