Missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas
Gabinete de Imprensa e Diplomacia Pública
25 de outubro de 2023
Obrigada, Sr. Presidente.
Colegas, na semana passada, eu disse que este Conselho precisava deixar a diplomacia funcionar – que precisávamos dar ao Secretário-Geral Guterres, ao Presidente Biden e ao Secretário Blinken, assim como aos líderes regionais, a oportunidade de fazer avançar o progresso. E nos últimos dias vimos os frutos dessa diplomacia.
Graças à liderança da Organização das Nações Unidas, dos Estados Unidos, de Israel, do Egito e de outros países e parceiros, a ajuda humanitária começou a chegar a Gaza. Mas eles precisam de muito mais ajuda. E os Estados Unidos continuarão trabalhando com nossos parceiros para facilitar a entrega de ajuda humanitária a Gaza.
Esta resolução apoiará esse esforço. O nosso texto pede uma rápida expansão da prestação de ajuda. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para atender às terríveis necessidades humanitárias dos palestinos em Gaza.
Colegas, nos últimos dias, comemoramos também a libertação de quatro pessoas que estavam detidas como reféns pelo Hamas. Agradecemos ao Catar e ao Egito pelos seus esforços de mediação, mas cerca de 200 pessoas ainda não estão livres; e ouvimos ontem nesta mesma câmara que muitas famílias ainda não sabem o paradeiro ou as condições de seus entes queridos. Os pais ficam acordados à noite imaginando se algum dia verão seus filhos de novo.
Ontem, encontrei dois desses pais – Rachel Goldberg e Jon Polin. O filho deles de 23 anos, Hersh, cidadão americano, foi gravemente ferido e feito refém pelo Hamas. E nenhum pai deveria passar por esse tipo de agonia e dor. É de partir o coração. É irritante. E uma votação a favor desta resolução envia a mensagem de que todos os reféns devem ser libertados imediatamente – sem condições.
Colegas, este momento é um teste para todos nós: para a comunidade internacional e para o próprio Conselho.
Os Estados Unidos têm trabalhado para criar um consenso em torno de uma resolução que seja forte e equilibrada. Solicitamos contribuições. Nós escutamos. Envolvemo-nos com todos os membros do Conselho para incorporar edições, incluindo linguagem sobre pausas humanitárias e a proteção de civis que fogem de conflitos, e linguagem sobre a importância dos mecanismos de resolução de conflitos para proteger as instalações e o pessoal da ONU.
Estas são adições importantes a este texto – que apoiamos e que todos deveríamos apoiar. A nossa resolução também reflete a contribuição de numerosas organizações humanitárias que trabalham para salvar vidas. Os Estados Unidos não estavam interessados em apresentar uma resolução apenas por apresentar uma resolução. Estávamos determinados a elaborar uma resolução que gozasse de amplo apoio. Isso refletiria os fatos em campo. Isso reforçaria o trabalho da ONU e a diplomacia direta e urgente que a grande maioria dos membros do Conselho apoia.
A nossa abordagem contrasta fortemente com a da Rússia. A Rússia apresentou um texto no último minuto com zero – zero – consultas. E lembro que, ao elaborar a nossa resolução, demos ao feedback da Rússia a mesma consideração que demos aos outros membros do Conselho.
Portanto, o resultado final é o seguinte: a Rússia apresentou mais uma resolução de má-fé e este Conselho não deveria apoiá-la. Em vez disso, deveríamos nos unir em torno da resolução proposta pelos Estados Unidos – uma resolução que não apenas inclui, mas também se baseia em muitos elementos do texto apresentado pelo Brasil na semana passada.
A nossa resolução condena inequivocamente os ataques terroristas hediondos perpetrados pelo Hamas e outros grupos terroristas. Afirma o direito dos Estados-Membros de se defenderem contra as ameaças à paz e à segurança representadas por atos de terrorismo. Pede que todas as partes respeitem e cumpram plenamente as obrigações decorrentes do direito internacional. Destaca a necessidade de proteger os civis e os trabalhadores humanitários, incluindo funcionários da ONU e pessoal médico. Apela para que todas as medidas – especificamente pausas humanitárias – permitam o acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem entraves.
Salienta que os Estados-Membros devem tomar medidas concretas para evitar uma expansão deste conflito para além de Gaza. Destaca a necessidade de trabalhar em conjunto para privar o Hamas do financiamento e das armas que utiliza para espalhar o terror.
E deixa claro que devemos continuar trabalhando em prol de um futuro onde dois Estados democráticos, Israel e Palestina, vivam lado a lado em paz. E claramente não é isso o que o Hamas quer ver.
Colegas, os Estados Unidos trabalharam exaustivamente para elaborar um texto forte e equilibrado – que vai ao encontro deste momento – e pedimos que todos os membros do Conselho votem a favor.
Obrigada.
Veja o conteúdo original: https://usun.usmission.gov/remarks-by-ambassador-linda-thomas-greenfield-before-the-vote-on-a-u-s-drafted-un-security-council-resolution-on-the-situation-in-the-middle-east/
Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.