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Casa Branca
Washington, DC
8 de junho de 2022

Teatro Microsoft
Los Angeles, Califórnia

18h00 [Horário do Pacífico]

PRESIDENTE: Boa noite. Por favor, sentem-se. Bem-vindos a Los Angeles. [Aplausos.] E eu provavelmente deveria parar por aqui porque sucedi algumas situações difíceis no passado.

MEMBRO DA AUDIÊNCIA: Chega de combustíveis fósseis! Chega! Chega de combustíveis fósseis!

PRESIDENTE: [Risos.] [Aplausos.]

Sucedi algumas situações difíceis, mas nunca antes sucedi uma situação tão difícil como a que tenho visto nos últimos 45 minutos aqui.

É uma honra receber meus líderes companheiros de todo o nosso continente para a Nona Cúpula das Américas em um momento em que precisamos de cooperação, propósito comum e ideias transformadoras que nunca foram mais necessárias do que hoje.

Também desejo dar as boas-vindas a todos os representantes da sociedade civil, do setor privado, de instituições internacionais e especialmente os jovens de todas as Américas que participam desta Cúpula. [Aplausos.]

A democracia é uma marca de nossa região. Nossa Carta Democrática Interamericana, que surgiu da terceira Cúpula das Américas, captura nosso compromisso único com a democracia como região. Afirma o direito dos povos das Américas à democracia e nossa obrigação como governos de promover e defender a democracia.

Ao nos encontrarmos novamente hoje, em um momento em que a democracia está sendo atacada em todo o mundo, vamos nos unir novamente e renovar nossa convicção de que a democracia não é apenas a característica definidora das histórias americanas, mas o ingrediente essencial para o futuro das Américas.

Pessoal — [Aplausos.] — para dizer o óbvio, nossa região é grande e diversificada. Nem sempre concordamos em tudo, mas por sermos democracias, resolvemos nossas divergências com respeito mútuo e diálogo.

Nesta Cúpula, temos a oportunidade de nos reunir em torno de algumas ideias ousadas, ações ambiciosas e demonstrar a nosso povo o incrível poder das democracias visando oferecer benefícios concretos e tornar a vida melhor para todos. Todos.

E isso não é mais uma questão do que faremos o que os Estados Unidos farão pelas Américas. A questão é o que realizamos trabalhando juntos como verdadeiros parceiros com capacidades diversas, mas com respeito mútuo e igual, reconhecendo nossa soberania individual e nossas responsabilidades compartilhadas.

A pandemia da Covid-19 atingiu nossa região de forma particularmente dura. Embora representemos apenas 12% da população global, tivemos mais de 40% das mortes registradas relacionadas à pandemia global. É uma enorme tragédia que deixou muitas famílias desoladas.

E a crise econômica que se seguiu, desencadeada pela pandemia, devastou economias em todo o continente, acabando com grande parte do progresso conquistado com tanto esforço.

Mais de 22 milhões de pessoas caíram na pobreza apenas no primeiro ano da pandemia.

A iniquidade continua aumentando. 

As pressões inflacionárias globais agravadas pela guerra brutal e não provocada de Putin contra a Ucrânia estão tornando mais difícil para as famílias se sustentarem.

E todos esses fatores estão contribuindo para um enorme aumento dos fluxos migratórios em todo o nosso continente, com muitas pessoas sentindo que não há opção disponível para sustentar a si mesmas e a suas famílias.

Esses desafios afetam a todos nós. Todas as nossas nações têm a responsabilidade de intensificar e aliviar a pressão que as pessoas estão sentindo hoje.

Nos meses que antecederam esta Cúpula, os países assumiram compromissos significativos e concretos para enfrentar esses desafios. E os Estados Unidos também estão tentando fazer a nossa parte.

Ontem, lançamos nossa iniciativa Cities Forward, reconhecendo o papel fundamental de prefeitos e governos locais o papel que desempenham na prestação de serviços às pessoas onde elas vivem. E sediaremos a primeira Cúpula das Cidades das Américas em Denver em 2023.

Hoje cedo, anunciamos um novo Corpo de Saúde das Américas, em que 50 mil [500 mil] profissionais de saúde pública e médicos da região serão capacitados nos próximos cinco anos para ajudar a fortalecer nossos sistemas de saúde em todo o continente.  

Nos próximos dias, lançaremos outra nova iniciativa criada em cooperação com muitos de seus países. Inclui a parceria EUA-Caribe a fim de enfrentar a crise climática, que a vice-presidente [Kamala] Harris liderará em nome de nosso país, e uma colaboração entre os Estados Unidos — [Aplausos.] — Estados Unidos, Argentina, Brasil, Canadá, Chile e México os maiores exportadores de alimentos do continente visando aumentar a produção de alimentos destinados à exportação, assim como aumentar a produção de fertilizantes para transporte.

Nossos líderes, todos nós, enquanto discutimos maneiras de direcionar melhor mais de meio bilhão de dólares de — os Estados Unidos estão se dedicando a aumentar a segurança de nossos cidadãos, trabalhando com parceiros a fim de desmantelar organizações criminosas transnacionais, perseguir traficantes de drogas e armas de fogo ilícitas, avançar nos esforços anticorrupção e fortalecer o Estado de Direito.

E esta noite, estou anunciando uma nova parceria econômica que se baseia em todo o trabalho que temos feito com a região e que guiará nosso compromisso daqui para frente. Estamos chamando isso de “Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica”. Essa parceria é baseada nos mesmos valores fundamentais que meu governo está trazendo para nossa forte recuperação econômica e a fim de reforçar a competitividade econômica de longo prazo nos Estados Unidos.

Em primeiro lugar, a Parceria Americana [das Américas] ajudará as economias a crescer de baixo para cima e do meio para fora, não de cima para baixo. O que é verdade — [Aplausos.] — o que é verdade nos Estados Unidos é verdade em todos os países: a economia de gotejamento não funciona. [Aplausos.]

Mas quando investimos no fortalecimento dos trabalhadores e da classe média, os pobres prosperam e os que estão no topo ficam bem também. É assim que podemos aumentar as oportunidades e diminuir a desigualdade persistente.

Precisamos romper o ciclo em que as comunidades marginalizadas são as mais atingidas por desastres e têm menos recursos a fim de se recuperar de crises e se preparar para a próxima.

Juntos, temos de investir visando garantir que nosso comércio seja sustentável e responsável, e criar cadeias de suprimentos mais resilientes, mais seguras e mais sustentáveis.

Ao trabalhar com amigos próximos que compartilham nossos valores, podemos garantir que não fiquemos vulneráveis a choques inesperados, ao mesmo tempo em que geramos oportunidades econômicas para as pessoas de nossa região.

Em segundo lugar, a Parceria das Américas promoverá a inovação e ajudará os governos a produzir resultados para seus próprios povos. As pessoas em todos os lugares esperam que seus governos ajudem a dar-lhes um pouco de espaço para respirar, ofereçam oportunidades de trabalho que paguem um salário decente, eduquem as crianças para que possam crescer até onde seus talentos possam levá-las, tornem as comunidades mais seguras para que as famílias se sintam seguras em suas casas e os indivíduos saibam que seus direitos serão respeitados.

Isso significa direcionar o investimento para ajudar os governos a cumprir essas responsabilidades, inclusive modernizar os bancos multilaterais de desenvolvimento com o objetivo de enfrentar melhor os desafios de hoje e do futuro.

Por exemplo, muitos países em nossa região têm prosperado — lucrado — prosperado de forma geral, tornando mais difícil para eles garantir empréstimos visando o desenvolvimento. Mas eles enfrentam uma profunda iniquidade. Estou propondo ao Banco Interamericano de Desenvolvimento uma reforma fundamental. E os Estados Unidos estão prontos para colocar capital novo em empréstimos para o setor privado do banco — o fundo de investimento do BID — [Aplausos.] — para ajudar a capitalizar [catalisar] o fluxo crucial de capital privado para a região, especialmente para start-ups, conectividade digital, energia renovável e saúde.

Terceiro, a Parceria Americana [das Américas] enfrentará a crise climática de frente, com a mesma mentalidade com que lidamos com a questão nos Estados Unidos.

Quando ouço “clima”, penso em empregos empregos bem-remunerados e de alta qualidade que ajudarão a acelerar nossa transição [Aplausos.] para uma economia verde do futuro e desencadear um crescimento sustentável; empregos nas áreas de desenvolvimento e implantação de energia limpa; empregos na descarbonização da economia; empregos na proteção da biodiversidade de nosso continente; empregos que darão dignidade de poder alimentar suas famílias, oferecerão uma vida melhor aos seus filhos e abrirão um futuro de possibilidades.

É disso que se trata: responder aos desejos humanos básicos que compartilhamos por dignidade, segurança e proteção. E, se esses desejos básicos estão ausentes em um lugar, as pessoas tomam a decisão desesperada de procurá-los em outro lugar.

Assim, na sexta-feira, também nos reuniremos com o intuito de lançar a Declaração de Los Angeles, uma nova abordagem inovadora e integrada a fim de gerenciar a migração e compartilhar responsabilidades em todo o continente.

A Declaração representa um compromisso mútuo de investir em soluções regionais que melhorem a estabilidade, aumentem as oportunidades de migração segura e ordenada pela região, e reprimam o tráfico criminoso e humano que preocupa pessoas desesperadas. [Aplausos.]

A migração segura e ordenada é boa para todas as nossas economias, incluindo para os Estados Unidos. Pode ser um catalisador para o crescimento sustentável.

Mas a migração ilegal não é aceitável. E fiscalizaremos nossas fronteiras, inclusive através de ações inovadoras e coordenadas com nossos parceiros regionais. 

Percorremos um longo caminho juntos desde que os Estados Unidos sediaram a primeira Cúpula das Américas, há 28 anos. Mas o “Espírito de Miami”, como era conhecido o sentimento de esperança e novas possibilidades que definiram aquela primeira Cúpula continua sendo a chave para enfrentar os desafios de hoje e liberar o incrível potencial que existe neste continente nas Américas.

Não há razão para que o Continente Americano não seja seguro, próspero e democrático, desde o extremo norte do Canadá até o extremo sul do Chile.

Temos todas as ferramentas de que precisamos aqui em nosso próprio continente. Nosso povo é dinâmico e inovador. Nossas nações estão empenhadas em trabalhar em parceria. E nossa região está sempre unida pelos laços estreitos de família e amizade duradoura.

Nós vemos isso aqui em Los Angeles, como vocês ouviram anteriormente, uma cidade que foi moldada desde seus primeiros dias e fortalecida ao longo das décadas pelas ricas e diversas contribuições de pessoas de todas as nossas nações.

Está escrito nas pinturas murais, nos mercados, nas ruas que cruzam a cidade, testemunhando a história, a luta e o espírito indomável dos povos das Américas.

Esta cidade é um testemunho das conexões que nos unem e de nossa capacidade de alcançar grandes coisas juntos.

Então, nesta noite, vamos desfrutar de uma celebração maravilhosa. Vamos sair daqui renovados com propósito e uma parceria renovada. E amanhã, vamos trabalhar para construir o futuro que esta região merece.

Obrigado a todos. E mais uma vez, bem-vindos, bem-vindos, bem-vindos. [Aplausos.]

18h13 [Horário do Pacífico]


Veja o conteúdo original: https://www.whitehouse.gov/briefing-room/speeches-remarks/2022/06/08/remarks-by-president-biden-at-the-inaugural-ceremony-of-the-ninth-summit-of-the-americas/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.

U.S. Department of State

The Lessons of 1989: Freedom and Our Future