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DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS ESTADOS UNIDOS
Embaixadora Linda Thomas-Greenfield
Representante dos E.U.A. nas Nações Unidas
Briefing Especial Online
Centro Regional Africano de Imprensa
30 de Janeiro de 2023

MODERADOR:  Quero desejar a todos uma boa tarde desde o Centro Regional Africano de Imprensa do Departamento de Estado dos EUA. Gostaria de dar as boas-vindas aos nossos participantes de todo o continente, obrigado a todos vós por se juntarem a esta discussão. Hoje, estamos muito satisfeitos por contar com a presença da Representante dos EUA nas Nações Unidas, a Embaixadora Linda Thomas-Greenfield. A Embaixadora Thomas-Greenfield irá debater sobre a sua viagem ao Quénia, Gana e Moçambique, na qual destacou os esforços dos EUA para abordar a segurança alimentar e regional e reforçar as parcerias com os principais membros actuais e antigos membros do Conselho de Segurança da ONU.

Assim, iniciaremos a discussão de hoje com as observações de abertura da Embaixadora Thomas-Greenfield, e depois abordaremos as vossas perguntas.  Tentaremos chegar ao maior número possível de perguntas durante o briefing.  Contudo, o tempo da Embaixadora é hoje limitado, uma vez que ela está a concluir uma longa e complexa viagem a África.

Recorde-se que a teleconferȇncia de hoje será gravada, e agora gostaria de me dirigir à Embaixadora Linda Thomas-Greenfield para as suas declarações de abertura.

EMBAIXADORA THOMAS-GREENFIELD: Bem, muito obrigada, e gostaria de agradecer a todos vós por se terem juntado a nós hoje.  Acabo de realizar uma viagem muito produtiva de uma semana ao Gana, Moçambique, Quénia, e Somália. Tinha quatro objectivos principais para esta viagem: reforçar as nossas parcerias com os actuais e antigos membros do Conselho de Segurança da ONU; dar seguimento às nossas prioridades da Cimeira de Líderes EUA-África, incluindo a luta contra as alterações climáticas; dar destaque às questões humanitárias, em particular a fome; e continuar com as nossas consultas sobre a reforma da ONU para garantir que a ONU esteja preparada para o efeito.

No Gana, encontrei-me com a Ministra dos Negócios Estrangeiros Shirley Botchwey, agradeci-lhe o facto da forte parceria do Gana no Conselho de Segurança, e discuti as perspectivas de reforma da ONU. Discutimos também questões de segurança regional e a manutenção da paz da ONU.

Em Moçambique, encontrei-me com a Ministra dos Negócios Estrangeiros e de Cooperação para discutir sobre o primeiro mandato histórico de Moçambique no Conselho de Segurança, bem como as prioridades partilhadas tais como as alterações climáticas, as mulheres, a paz, e as questões de segurança, e a segurança regional. Também me reuni com funcionários da ONU que trabalham para construir uma região mais segura e pacífica, bem como com membros da sociedade civil, empresários, estudantes, activistas, e membros do meu estimado programa de intercâmbio YALI.  Tive mesmo a oportunidade colaborar ao lado de activistas ambientais locais no último mangal costeiro remanescente na cidade de Maputo, uma importante defesa natural contra os efeitos das alterações climáticas que temos de proteger.

No Quénia, encontrei-me com o Presidente Ruto. Manifestei o meu profundo apreço pela liderança do Quénia no Conselho de Segurança durante os seus dois anos de mandato e discutimos sobre formas de parceria em matéria de segurança alimentar e contraterrorismo no Corno de África. Visitei também o Escritório da ONU em Nairobi e encontrei-me com funcionários do Gabinete de Coordenação de Assistência Humanitária da ONU, do Programa Alimentar Mundial, da Organização para a Alimentação e Agricultura, da ACNUR e da UNICEF, para discutirmos sobre a assistência aos refugiados no Quénia. E fiz comentários juntamente com um representante do Serviço Mundial da Igreja sobre o valor do recém-lançado Corpo de Boas-Vindas, e como é que os americanos de bom coração podem agora acolher refugiados nos Estados Unidos. Visitei também um centro de produção e montagem de veículos eletrónicos de última geração no Quénia. Fiquei impressionada com os esforços do Quénia para acelerar uma transição energética justa e enfrentar a crise climática.

Finalmente, na Somália, encontrei-me com o Presidente Hassan Sheikh Mohamud para discutir sobre a grave seca e sobre o risco de fome na Somália, bem como sobre uma vasta gama de questões, incluindo a reconciliação política, a forma de sustentar a ofensiva contra o al-Shabab, e a forma de desenvolver forças de segurança que possam assumir a responsabilidade pela ATMIS. Também me reuni com a ATMIS, bem como com grupos humanitários locais da ONU e com ONGs para discutir a forma como podemos melhorar a sua segurança e protecção ao mesmo tempo que arriscam as suas vidas para fornecer alimentação terapêutica a comunidades remotas, apesar da ameaça terrorista.

No final da minha viagem, fiz um discurso em Mogadíscio sobre como a comunidade internacional se deve unir para acabar para sempre com a fome. Quando ouvi – o que ouvi e vi na Somália é que, devido à conjugação da COVID, conflito e clima, a ameaça da fome voltou. A palavra “fome” deve ser um anacronismo. Temos os instrumentos necessários para a banir definitivamente a uma era já vencida. Anunciei 40 milhões de dólares em novos financiamentos adicionais dos Estados Unidos para a Somália com o intuito de salvar vidas, evitar a fome, e satisfazer necessidades humanitárias. Mas a verdade é que os Estados Unidos não podem fazer isto sozinhos. O meu apelo é para que a comunidade internacional se mobilize e faça mais. Os países com meios para dar mais devem ter em conta o apelo da humanidade. Não há qualquer razão – absolutamente nenhuma – para que não consigamos obter recursos para as pessoas com necessidades prementes. Por isso, sejamos ambiciosos; acabemos com a fome para sempre, juntos.

Obrigado, e com isso, aguardo com o maior interesse as vossas questões.

MODERADOR: Ok, muito obrigado, Senhora Embaixadora. E passaremos directamente para a parte das perguntas e respostas de hoje.  Assim, a primeira pergunta vem-nos de Christine Holzbauer, de Financial Afrik, no Senegal. Ela pergunta:  “Acaba de se realizar em Dakar uma grande cimeira internacional para melhorar a resiliência alimentar.  O Banco Africano para o Desenvolvimento fez anúncios para essa finalidade. Por conseguinte, a sua visita ao continente, bem como a de outros funcionários americanos, parece redundante. Dispõe de alguns elementos novos e concretos para anunciar no sentido de compensar a escassez e o sofrimento das suas populações que muitos países em África têm de suportar devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia?”.

EMBAIXADORA THOMAS-GREENFIELD: Obrigada por essa pergunta. E estou sinceramente extraordinariamente satisfeita com a conferência que teve lugar em Dakar, com a liderança que os países africanos estão a assumir para lidar com esta questão. Mas também estamos lá como parceiros. Como acabei de dizer, acabámos de anunciar 40 milhões de dólares para este esforço de luta contra os efeitos da insegurança alimentar para combater as alterações climáticas. Demos quase, se não mais, 2,3 mil milhões de dólares para estes esforços em todo o Corno de África. Estive no Gana no início do ano passado e falei sobre as questões da insegurança alimentar.

Encontrei-me com agricultores. Ouvi as suas preocupações. E estamos a trabalhar com estes países, bem como com outros, para responder a essas preocupações. E estamos a pedir a outros financiadores que se juntem a esses esforços.

Assim, o nosso trabalho não é redundante; é complementar ao que se está a desenvolver no Continente Africano.

MODERADOR: Muito obrigado, senhora Embaixadora. Gostaria de passar à próxima pergunta de Dylan Gamba da Agence France-Presse no Quénia, que pergunta: “Qual é a situação actual da guerra contra o al-Shabab na Somália?  Acha que o governo está a ganhar, uma vez que parece que o al-Shabaab tem uma estratégia de pagar com a mesma moeda quando uma cidade é recapturada? Qual é a situação relativamente à fome”?

EMBAIXADORA THOMAS-GREENFIELD: Na luta contra o al-Shabab, a luta continua. O governo está a fazer progressos contra o al-Shabab, e nós estamos a trabalhar juntos para apoiar a sua estratégia. Estamos a trabalhar com a ATMIS para também apoiar os seus esforços no sentido de apoiar o governo. E esses esforços continuarão até que tenham sido capazes de destruir a capacidade do al-Shabab de aterrorizar o povo da Somália, de aterrorizar a região e de aterrorizar o mundo.

A situação sobre a fome continua a ser terrível. Felizmente evitámos da última vez o pior, mas ainda assim centenas de pessoas morreram de fome, e o trabalho tem de continuar.  Ainda não estamos fora de perigo. O que ouvi quando estive na região foi que tiveram cinco chuvas que não ocorreram no decorrer do ano passado. A sexta está para breve no período de Março-Abril, e se não acelerarmos os nossos esforços, existe outra possibilidade de chegar a condições semelhantes às de falta de alimentos, se não mesmo a uma fome real.

Por isso, estamos a trabalhar muito, muito estreitamente com as organizações humanitárias, com outros financiadores, com os países envolvidos, e com as comunidades para fazer todo o possível para garantir a salvação de vidas e para evitar a fome uma segunda vez.

MODERADOR: Ok, obrigado, senhora Embaixadora. Eu sei que o seu tempo é muito limitado. Se pudéssemos colocar mais uma questão, ficaríamos muito gratos. Christopher Alvin do Alvin Mokaya Media Center, no Quénia pergunta:  “Qual é o papel dos EUA em assegurar uma nação estável, segura e pacífica no Quénia, após as eleições de 2022 que criaram uma divisão?

EMBAIXADORA THOMAS-GREENFIELD: Deixe-me apenas dizer que somos um parceiro forte com o Governo do Quénia. Essa parceria estende-se por mais de seis décadas. É uma relação profunda e ampla de valores partilhados: democracia e boa governação e respeito pelos direitos humanos. E estamos empenhados em apoiar a visão do Quénia na sua jornada de desenvolvimento através de iniciativas lideradas localmente e do reforço das instituições. Temos trabalhado muito de perto com o Governo queniano para abordar questões de segurança alimentar, e estamos a trabalhar muito estreitamente com ele para abordar as questões do terrorismo e da insegurança na região.

O Quénia tem sido para nós um parceiro forte na abordagem de algumas dessas preocupações regionais. Foram os esforços do Quénia que contribuíram significativamente para o cessar-fogo que teve lugar na Etiópia, e estão a prosseguir esses esforços para resolver a situação na RDC.

Assim, mais uma vez, é necessário trabalhar mais, mas o Quénia está actualmente a fazer o que está certo e esperamos continuar a reforçar a parceria que temos com este país.

MODERADOR: Obrigado, senhora Embaixadora. E sei que a insegurança alimentar foi um dos temas principais da sua viagem. Tem havido algumas outras questões sobre insegurança alimentar. Mas dado que esse é um dos temas principais da sua viagem, gostaria de terminar agora, sabendo que tem muito pouco tempo e perguntar-lhe se tem algum comentário final a fazer.

EMBAIXADORA THOMAS-GREENFIELD: Muito obrigada, e deixe-me agradecer a todos vós, membros da imprensa, que estão nesta linha. É importante que também vocês se focalizem na insegurança alimentar para garantir que as mensagens sejam transmitidas às pessoas envolvidas no sentido de enfrentarmos este problema que tem de ser enfrentado hoje, e para garantir que as mensagens sejam transmitidas a cada país que tem um papel a desempenhar, e para encorajar mais apoio dos doadores, como eu fiz no meu discurso na Somália e com quem falarei quando regressar a Nova Iorque, encorajando outros a contribuir para este esforço meritório. Trata-se de humanidade, e todos nós temos de intensificar os nossos esforços.

MODERADOR: Muito obrigado, senhora Embaixadora, e obrigado a todos os nossos participantes de hoje. Lamento que não tenhamos tido mais tempo para lhe dedicar. No entanto, a viagem da Embaixadora a África e o seu outro projecto em curso é extremamente importante e extremamente urgente, e temos de a deixar ir e retomar as suas responsabilidades.  Por isso, agradeço muito o seu tempo, senhora Embaixadora, e a todos os nossos participantes de hoje.

Por favor, lembre-se que uma transcrição e gravação deste briefing estará à sua disposição. Pode entrar em contacto connosco a qualquer altura no Centro Regional Africano de Imprensa, seguir-nos no Twitter e noutras plataformas de meios de comunicação social, e manter-se em contacto connosco, e espero que nos voltemos a ver todos. Muito obrigado e tenham um bom dia.

EMBAIXADORA THOMAS-GREENFIELD: Obrigada


Ver o conteúdo original: https://usun.usmission.gov/remarks-by-ambassador-linda-thomas-greenfield-at-a-u-s-department-of-state-africa-regional-media-hub-briefing-2/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deverá ser considerado oficial.

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