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Departamento de Estado dos Estados Unidos 
Escritório do Porta-Voz 
Nota de imprensa 
7 de novembro de 2023 

Atualmente, o governo russo está financiando uma campanha de desinformação contínua e bem financiada em toda a América Latina. A campanha do Kremlin planeja aproveitar os contatos desenvolvidos com veículos de imprensa em Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, México, Venezuela, Brasil, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, entre outros países da América Latina, a fim de levar a cabo uma campanha de manipulação de informação destinada a explorar sorrateiramente a abertura da imprensa e do ambiente de informação da América Latina. O objetivo principal do Kremlin parece ser disfarçar a fonte de sua propaganda e desinformação através de veículos de imprensa locais de uma forma que pareçam orgânicos para o público latino-americano e assim minar o apoio à Ucrânia e propagar o sentimento anti-EUA e anti-Otan.  

O que sabemos:  

A Agência de Design Social (SDA), o Instituto para o Desenvolvimento da Internet e a Structura coordenaram o desenvolvimento de uma campanha de manipulação de informação visando a América Latina que pretende promover os interesses estratégicos da Rússia na região às custas de outros países, cooptando aberta ou secretamente os interesses da imprensa e de influenciadores locais para espalhar desinformação e propaganda. Essas são empresas de “influence-for-hire” (compra de influência) com profunda capacidade técnica, experiência na exploração de ambientes de informação abertos e um histórico de proliferação de desinformação e propaganda a fim de promover os objetivos de influência externa da Rússia.  

Como deixa claro a Avaliação Anual de Ameaças da Comunidade de Inteligência dos EUA deste ano, os agentes de influência da Rússia têm adaptado seus esforços para se esconder cada vez mais e replicar suas mensagens preferidas através de um vasto ecossistema de pessoas físicas, organizações e sites intermediários russos que parecem ser fontes de notícias independentes. Moscou semeia histórias originais ou amplifica discursos populares ou divisivos pré-existentes, utilizando uma rede de agentes de meios de comunicação estatais, intermediários e influenciadores de mídias sociais e depois intensifica esse conteúdo a fim de penetrar ainda mais no ambiente de informação do Ocidente. Essas atividades podem incluir a divulgação de conteúdos falsos e a amplificação de informações consideradas benéficas para os esforços de influência russos ou teorias da conspiração. 

Agentes envolvidos: 

  • Ilya Gambashidze, diretor da empresa russa de relações públicas conhecida como Social Design Agency, lidera um grupo maligno de agentes influenciadores composto por membros da SDA e da Structura visando conduzir uma campanha de manipulação de informação contra países latino-americanos.  
  • Além de Gambashidze, pessoas físicas envolvidas incluem, entre outras, o diretor do projeto SDA, Andrey Perla, o CEO da Structura, Nikolay Tupikin, e o jornalista pró-Kremlin Oleg Yasinskiy (nome alternativo: Yasinsky).   

A mecânica da campanha: 

  • Um grupo culto de editores seria organizado em um país latino-americano, muito provavelmente no Chile, com vários indivíduos locais e representantes — jornalistas e líderes da opinião pública — de vários países da região.  
  • Uma equipe na Rússia criaria então o conteúdo e enviaria o material à equipe editorial na América Latina para revisão, edição e, por fim, publicação na mídia de massas local. Com efeito, esse processo de lavagem de informações faria com que o conteúdo pró-Kremlin criado na Rússia fosse “localizado” pela equipe latino-americana com curadoria e publicado em mídias latino-americanas para parecer orgânico. 
  • O Tradutor: o papel de editores linguísticos baseados em Moscou e proficientes na língua espanhola é parte integrante da campanha. Os editores costumam usar pseudônimos para ofuscar suas verdadeiras identidades e garantir que as informações sejam disfarçadas de uma forma que pareça orgânica para o público-alvo. 
  • Yasinskiy mantém e influencia uma vasta rede de jornalistas e meios de comunicação de língua espanhola e portuguesa para propagar mensagens pró-Rússia sem comprometer seus esforços a fim de assimilar mais naturalmente o conteúdo de mídias latino-americanas em benefício da SDA e da Structura. 
  • Embora as operações da rede sejam realizadas principalmente em conjunto com os veículos de imprensa de língua espanhola Pressenza e El Ciudadano, uma rede mais ampla de fontes da imprensa está à disposição do grupo para ampliar ainda mais as informações.  

A mão oculta do Kremlin: 

  • Os temas e métricas de sucesso das campanhas foram desenvolvidos em conjunto e sob a orientação do governo russo, com Gambashidze, Perla e Tupikin assumindo um papel de liderança em seu desenvolvimento. 
  • Controlar a narrativa pró-Kremlin é um aspecto importante na construção da campanha de influência focada na América Latina. Para isso, o CEO da Structura, Tupikin, garante que os temas permaneçam em questões prioritárias para o Kremlin. 
  • Os temas das operações se concentram principalmente na tentativa de persuadir o público latino-americano de que a guerra da Rússia contra a Ucrânia é justa e que podem se unir à Rússia para derrotar o neocolonialismo. 
  • Esses temas se alinham com a falsa narrativa mais ampla da Rússia de que é um campeão contra a neocolonialização, quando na realidade está envolvida no neocolonialismo e no neoimperialismo em sua guerra contra a Ucrânia e em sua extração de recursos na África. 
  • Há esforços coordenados entre Embaixadas russas na América Latina e veículos de imprensa financiados pelo Estado para aumentar as mensagens pró-Kremlin, difundir narrativas anti-EUA e desenvolver parcerias entre os meios de comunicação estatais russos, veículos de comunicação e estações de rádio locais, Embaixadas de outros países considerados pró-Moscou na região e jornalistas locais. 

Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/the-kremlins-efforts-to-covertly-spread-disinformation-in-latin-america/  

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.

U.S. Department of State

The Lessons of 1989: Freedom and Our Future