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Missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas
Gabinete de Imprensa e Diplomacia Pública
11 de Outubro de 2022

Obrigado, Sr. Ministro, por presidir a este evento de alto nível. Quero também agradecer ao Sr. Secretário-Geral Guterres por ter-se juntado a nós hoje e saudar a participação do Presidente Faki neste evento. Caros colegas, ao comemorarmos o 20º aniversário da União Africana, este é o momento ideal para destacar a forte parceria entre a UA e a ONU. E trata-se de uma oportunidade para procurarmos formas de construir com base no nosso progresso.

Os Estados Unidos partilham a convicção do Secretário-Geral de que a nossa acção colectiva na prevenção dos conflitos, na mediação, na manutenção da paz, e na construção da paz é algo absolutamente vital. E como parte da discussão de hoje, devemos reconhecer a gama de factores que contribuem para o aumento da insegurança, incluindo a mais importante crise global em termos de segurança alimentar das últimas décadas, os efeitos adversos das alterações climáticas, e uma das piores secas da sua história no Corno de África.

Estes desafios não nos devem desencorajar. Pelo contrário, devem reforçar o nosso compromisso em trabalhar juntos e encarar estes desafios de frente. Nesta linha, apoiamos decididamente o Quadro Conjunto ONU-UA para uma Parceria Reforçada para a Paz e a Segurança. Isto mobiliza a colaboração da UA e da ONU a partir dos primeiros indicadores de potencial conflito; e isto é fundamental para a prevenção de conflitos e para a reconstrução pós-conflito.

A paz em África não pode esperar. E louvamos a liderança africana pelo seu trabalho em prol da resolução de crises e conflitos na Etiópia, na região dos Grandes Lagos, no Sudão, no Sahel, em Moçambique e na Somália. E agradecemos à ONU pelo seu total apoio nestes esforços. Também somos encorajados pela crescente parceria entre a UA e a ONU para enfrentar a crise do uso de crianças nos conflitos armados em África. Devemos fazer tudo, e repito, tudo o que estiver ao nosso alcance para fazer este trabalho avançar. E isto também significa reforçar a protecção das crianças afectadas por conflitos, algo relativamente ao qual a UA tem estado a liderar esta denúncia.

E hoje, vamos reconhecer os esforços de colaboração da ONU, da UA, da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, da UE, e do Governo Federal da Somália. Estes esforços conjuntos levaram ao estabelecimento da Missão de Transição da UA na Somália no passado mês de Abril. Juntos, estabelecemos metas ambiciosas para a reconfiguração e transição da Missão de Manutenção da Paz na Somália, e temos de redobrar os nossos esforços para atingir estas metas.

O resultado final é o seguinte: com a ONU, a UA, e as operações de paz regionais a operar em algumas das partes mais frágeis de África, temos um interesse comum em alinhar as nossas doutrinas, políticas, e directivas. É precisamente desta forma, que podemos tornar estes esforços tão eficazes quanto possível. E isso significa também proteger e defender os direitos humanos em todas as iniciativas e missões da UA em todo o continente.

Saudamos o progresso que a UA fez no desenvolvimento das suas próprias estruturas de direitos humanos e de direito humanitário internacional, tal como referido no relatório do Secretário-Geral. E encorajamos a UA a continuar a implementar estruturas de conformidade para operações de apoio à paz em áreas-chave, tal como o direito humanitário internacional e os direitos humanos, a conduta e a disciplina – incluindo a exploração e o abuso sexual. Os esforços para reforçar a formação, a monitorização, a elaboração de relatórios e a responsabilização são fulcrais para este trabalho.

A implementação destas estruturas, bem como de outros mecanismos de supervisão enunciados nas resoluções 2320 e 2378 do Conselho de Segurança, continuam a ser considerações fundamentais para quaisquer discussões sobre a utilização de contribuições avaliadas pela ONU. Isto inclui qualquer acção realizada por organizações regionais ao abrigo do Capítulo VIII da nossa Carta. Os Estados Unidos também apreciam os esforços da ONU, da UA, e da CEDEAO para dar apoio à região. E aguardamos com o maior interesse a Avaliação Estratégica Conjunta em curso para rever os desafios de segurança, governação, e desenvolvimento no Sahel.

Mas não nos esqueçamos do seguinte: os desafios que enfrentamos nesta região são sérios. Em particular, estamos profundamente preocupados com a propagação do extremismo violento pelo Sahel e em algumas partes da África Ocidental costeira. Grupos terroristas ceifaram milhares de vidas e provocaram a deslocação de milhões de pessoas. E se vamos enfrentar estes desafios em conjunto, e é necessário fazê-lo, então creio que precisamos de opções de financiamento previsíveis e sustentáveis para as operações de apoio à paz da UA.

Isto dará à UA a flexibilidade de que necessita para enfrentar estas ameaças em constante evolução. E estamos empenhados em levar isto até ao fim. Ao mesmo tempo, acreditamos que as nossas instituições devem evoluir para espelhar o mundo de hoje. Como o Presidente Biden declarou durante o Debate da Assembleia Geral no mês passado, os Estados Unidos apoiam o aumento do número de membros permanentes e não permanentes do Conselho de Segurança. E isso inclui, pela primeira vez, assentos permanentes para países de África, da América Latina e das Caraíbas. Para tal, aguardamos com grande expectativa a formação de consenso em torno de propostas de reforma com o intuito de ter um Conselho de Segurança que seja mais eficaz, mais representativo e mais credível.

Caros colegas, durante a minha mais recente viagem a África, deixei claro que a paz em África deve emanar dos líderes africanos. Tem de vir do povo africano. O nosso trabalho aqui nas Nações Unidas é servir enquanto parceiros, e enquanto aliados. E temos de continuar essa estreita cooperação para promover a paz e a segurança durante os próximos 20 anos e para além disso. Obrigado, Sr. Presidente.


Veja o conteúdo original: https://usun.usmission.gov/remarks-by-ambassador-linda-thomas-greenfield-at-debate-on-cooperation-between-the-un-and-the-au/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deverá ser considerado oficial.

U.S. Department of State

The Lessons of 1989: Freedom and Our Future