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Missão dos Estados Unidos junto das Nações Unidas
Gabinete de Imprensa e Diplomacia Pública
27 de Setembro de 2022

Obrigada Sr. Presidente, e obrigada à Sub-Secretária Geral Rosemary DiCarlo pelo seu briefing de hoje. Obrigada, Presidente Zelenskyy, pela sua declaração.

Caros colegas, há pouco mais de sete meses – apenas sete meses – reunimo-nos à noite, nesta mesma câmara, para discutir de como poderíamos preservar a paz na Ucrânia. Naquele momento, Putin escolheu a guerra. O momento não podia ter sido mais claro. Putin estava a mostrar exactamente o que pensava deste Conselho.

Na semana passada, líderes de mais de 100 países de todo o mundo reuniram-se em Nova Iorque para reafirmar o seu compromisso com a Carta das Nações Unidas e muitos dos princípios fundamentais que ela representa: soberania, integridade territorial, paz e segurança. Em vez de participar na Semana de Alto Nível, Putin anunciou um aumento do seu esforço de recrutamento na Rússia e deu instruções a áreas sob o controlo militar russo para prepararem referendos ilegítimos. Ele enviou um emissário – que ameaçou o uso de armas nucleares, num país não nuclear, para proteger os proveitos militares ilegítimos da Rússia.

O objectivo de tudo isto é claro: a Rússia pretende tentar anexar estes territórios. E a Rússia não respeita este órgão. O padrão também é claro: Putin escolheu intencionalmente este momento para insultar a Carta que define princípios que todos nós defendemos colectivamente – soberania, integridade territorial, paz e segurança – e fê-lo durante a semana mais importante para as Nações Unidas: a Semana de Alto Nível.

Putin pretende cometer um acto a que a Carta das Nações Unidas foi expressamente destinada a impedir: Uma tentativa de um Estado-membro da ONU de tomar o território de outro pela força. Sabemos que isto irá acontecer porque segue uma cartilha do Kremlin já bem conhecida. A Rússia realiza referendos falsos, em áreas controladas pelos militares russos e seus procuradores, forçando as pessoas a “votarem” à força. Utiliza então estes referendos para tentar dar uma aparência de legitimidade às suas tentativas de anexação do território de outro Estado soberano. A pressa da Rússia em instituir e completar estas tentativas de anexação destrói até mesmo a fachada da legitimidade.

À medida que a Ucrânia recupera com algum sucesso o controlo sobre uma maior parte do seu território que foi indevidamente tomado pela Rússia e que mais atrocidades da Rússia são reveladas, a Rússia apressa-se em ocultar as suas perdas militares e os crimes de guerra que cometeu.

Sabemos que os resultados destes referendos fictícios foram pré-determinados em Moscovo. Não representam, de forma alguma, uma expressão legítima da vontade do povo ucraniano. A vontade do povo ucraniano é clara a cada dia que passa, uma vez que lutam corajosamente pelo seu país, ao protegerem a sua integridade territorial e ao defenderem a sua soberania. O povo ucraniano já demonstrou que nunca aceitará ser subjugado pelo domínio russo.

Este Conselho e a comunidade internacional devem fazer o mesmo.

Por conseguinte, deixem-me agora ser clara: os Estados Unidos nunca reconhecerão qualquer território que a Rússia tente apreender ou alegadamente anexar como algo que não seja parte da Ucrânia. Rejeitamos inequivocamente as acções da Rússia. E continuaremos a trabalhar com os nossos aliados, com os nossos parceiros, e com os nossos semelhantes, para impôr sanções à Rússia e para fornecer um volume histórico de apoio à Ucrânia.

A justiça exige nada menos do que isso.

A protecção da Carta das Nações Unidas exige nada menos do que isso.

Nas nossas numerosas reuniões aqui no Conselho de Segurança, temos ouvido repetidos apelos para que a Carta das Nações Unidas seja respeitada. Mas não basta apelar ao respeito da Carta das Nações Unidas; temos de ter a coragem de a defender. Isso significa defender a Ucrânia e as vítimas das atrocidades russas. Significa ter a coragem de denunciar a agressão e as puras tentativas de expansão territorial quando a constatamos. Significa mostrar que nos preocupamos com a paz, exigindo à Rússia que honre a Carta das Nações Unidas. O facto de não o fazer só possibilita que a Rússia cometa mais abusos.

A Rússia começou esta guerra, e espero que cada membro deste Conselho tome a atitude certa ao defender o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, exortando a Rússia a pôr-lhe termo agora.

A luta da Ucrânia não é apenas uma luta pela sobrevivência, mas uma luta pela democracia e pelos próprios princípios que todos nós prezamos.

É por isso que vamos apresentar uma resolução que condena estes referendos fictícios, apelando aos Estados-Membros para que não reconheçam qualquer modificação do estatuto da Ucrânia, e obrigando a Rússia a retirar as suas tropas da Ucrânia. Os referendos fictícios da Rússia, se forem aceites, abrirão uma caixa de Pandora que não poderemos fechar. Pedimos-lhe que se junte a nós na reafirmação do nosso compromisso com a Carta das Nações Unidas e que responda de frente a este desafio.

Se a Rússia optar por se escudar da sua responsabilidade neste Conselho, recorreremos então à Assembleia Geral da ONU para enviar uma mensagem inequívoca a Moscovo. O mundo deve manter-se unido e defender a Carta das Nações Unidas.

É necessário ter coragem, e apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. Trata-se aqui de defender a Carta das Nações Unidas. Trata-se da defesa dos nossos direitos colectivos. E trata-se de paz e segurança para todos nós.

Obrigado, Sr. Presidente.


Ver conteúdo original: https://usun.usmission.gov/remarks-by-ambassador-linda-thomas-greenfield-at-a-un-security-council-briefing-on-ukraine-4/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deverá ser considerado oficial.

U.S. Department of State

The Lessons of 1989: Freedom and Our Future