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Casa Branca
Washington, DC
21 de fevereiro de 2023

Castelo Real em Varsóvia
Varsóvia, Polônia

17h39 – horário da Europa Central

PRESIDENTE:  Olá, Polônia! [Aplausos.] Um dos nossos grandes aliados. Presidente Duda, primeiro-ministro — Sr. primeiro-ministro, Sr. prefeito e a todos os ex-ministros e presidentes, bem como prefeitos e líderes políticos poloneses de todo o país: obrigado por me receber de volta à Polônia.

Sabe, há cerca de um ano [Aplausos.] eu discursei no Castelo Real aqui em Varsóvia, apenas algumas semanas depois de Vladimir Putin ter desencadeado seu ataque assassino à Ucrânia. A maior guerra terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial havia começado. E os princípios que tinham sido a pedra angular da paz, prosperidade e estabilidade neste planeta por mais de 75 anos corriam o risco de serem destruídos.

Há um ano, o mundo se preparava para a queda de Kiev. Bem, acabei de chegar de uma visita a Kiev e posso relatar: Kiev está forte! [Aplausos.] Kiev está orgulhosa. Está imponente. E o mais importante, permanece livre. [Aplausos.]

Quando a Rússia invadiu, não foi apenas a Ucrânia que foi colocada à prova. O mundo inteiro enfrentou uma provação que ficará para a história.

A Europa estava sendo testada. Os Estados Unidos estavam sendo testados. A Otan estava sendo testada. Todas as democracias estavam sendo testadas. E as questões que enfrentamos eram tão simples quanto profundas.

Responderíamos ou olharíamos para o outro lado? Seríamos fortes ou seríamos fracos? Estaríamos todos os nossos aliados unidos ou divididos?

Um ano depois, sabemos a resposta.

Nós respondemos. Seríamos fortes. Estaríamos unidos. E o mundo não olharia para o outro lado. [Aplausos.]

Também enfrentamos questões fundamentais sobre o compromisso com os princípios mais básicos. Defenderíamos a soberania das nações? Defenderíamos o direito das pessoas de viver livres de pura agressão? Defenderíamos a democracia?

Um ano depois, sabemos as respostas.

Sim, defenderíamos a soberania. E assim o fizemos.

Sim, defenderíamos o direito das pessoas de viverem livres de agressões. E assim o fizemos.

E defenderíamos a democracia. E assim o fizemos.

E ontem, tive a honra de estar com o presidente Zelenskyy em Kiev para declarar que continuaremos defendendo essas mesmas coisas, aconteça o que acontecer. [Aplausos.]

Quando o presidente Putin ordenou que seus tanques entrassem na Ucrânia, ele pensou que iríamos capotar. Ele estava errado.

O povo ucraniano é muito corajoso.

Estados Unidos, Europa, uma coalizão de nações do Atlântico ao Pacífico — estávamos muito unidos.

A democracia era forte demais.

Em vez de uma vitória fácil que ele percebeu e previu, Putin saiu [em batalha] com tanques acabados e as forças da Rússia em desordem.

Ele pensou que conseguiria a Finlandização da Otan. Em vez disso, ele obteve a Otanização da Finlândia — e da Suécia. [Aplausos.]

Ele pensou que a Otan iria se fraturar e se dividir. Em vez disso, a Otan está mais unida e unificada do que nunca – do que nunca.

Ele pensou que poderia transformar a energia em uma arma para quebrar a determinação de vocês — a determinação da Europa.

Em vez disso, estamos trabalhando juntos para acabar com a dependência da Europa de combustíveis fósseis russos.

Ele achava que autocratas como ele eram duros e que líderes de democracias eram fracos.

E então, ele encontrou a vontade de ferro dos Estados Unidos e das nações em todos os lugares que se recusaram a aceitar um mundo governado pelo medo e pela força.

Ele se viu em guerra com uma nação liderada por um homem cuja coragem seria forjada em fogo e aço: o presidente Zelenskyy. [Aplausos.]

O presidente Putin é confrontado com algo hoje que ele não achava que era possível um ano atrás. As democracias do mundo ficaram mais fortes, não mais fracas. Mas os autocratas do mundo ficaram mais fracos, não mais fortes.

Porque nos momentos de grande agitação e incerteza, saber o que você representa é o mais importante, e saber quem está com você faz toda a diferença.

O povo da Polônia sabe disso. Vocês sabem disso. Na verdade, vocês sabem melhor do que ninguém aqui na Polônia. Porque é isso que significa solidariedade.

Através da divisão e da opressão, quando a bela cidade foi destruída após a Revolta de Varsóvia, durante décadas sob o punho de ferro do governo comunista, a Polônia resistiu porque vocês permaneceram unidos.

É assim que os bravos líderes da oposição e o povo de Belarus continuam a lutar por sua democracia.

Foi assim que a determinação do povo moldavo — [Aplausos] — a determinação do povo da Moldávia de viver em liberdade conquistou sua independência e os colocou no caminho para a adesão à UE.

A presidente Sandu está aqui hoje. Não tenho certeza onde ela está. Mas tenho orgulho de estar com você e com o povo amante da liberdade da Moldávia. Uma salva de palmas para ela. [Aplausos.]

Um ano depois desta guerra, Putin não duvida mais da força de nossa coalizão. Mas ele ainda duvida de nossa convicção. Ele duvida de nosso poder de permanência. Ele duvida de nosso contínuo apoio à Ucrânia. Ele duvida que a Otan possa permanecer unificada.

Mas não deve haver dúvidas: nosso apoio à Ucrânia não será abalado, a Otan não será dividida e não cansaremos. [Aplausos.]

O desejo covarde do presidente Putin por terra e poder fracassará. E o amor do povo ucraniano por seu país prevalecerá.

As democracias do mundo vigiarão a liberdade hoje, amanhã e para sempre. [Aplausos.] Pois é isso que está em jogo aqui: a liberdade.

Essa é a mensagem que levei a Kiev ontem, diretamente ao povo da Ucrânia.

Quando o presidente Zelenskyy disse — ele foi aos Estados Unidos em dezembro — entre aspas — ele disse que essa luta definirá o mundo e o que nossos filhos e netos — como eles vivem e depois seus filhos e netos.

Ele não estava falando apenas sobre os filhos e netos da Ucrânia. Ele estava falando sobre todos os nossos filhos e netos. Seus e meus.

Estamos vendo novamente hoje o que o povo da Polônia e os povos de toda a Europa viram por décadas: os apetites de autocratas não podem ser apaziguados. Eles devem ser combatidos.

Os autocratas só entendem uma palavra: “Não.” “Não.” “Não.” [Aplausos.]

“Não, você não vai tomar meu país.” “Não, você não vai tirar minha liberdade.” “Não, você não vai tirar meu futuro.”

E vou repetir esta noite o que disse no ano passado neste mesmo lugar: um ditador empenhado em reconstruir um império nunca poderá aliviar [apagar] o amor do povo pela liberdade. A brutalidade nunca oprimirá a vontade dos livres. E a Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia. Nunca. [Aplausos.]

Pois as pessoas livres se recusam a viver em um mundo de desesperança e trevas.

Sabe, este foi um ano extraordinário em todos os sentidos.

Extraordinária brutalidade das forças e dos mercenários russos. Eles cometeram depravações, crimes contra a humanidade, sem vergonha ou remorso. Eles alvejaram civis com morte e destruição. Usaram o estupro como arma de guerra. Crianças ucranianas roubadas em uma tentativa de roubar o futuro da Ucrânia. Bombardearam estações de trem, maternidades, escolas e orfanatos.

Ninguém — ninguém pode desviar os olhos das atrocidades que a Rússia está cometendo contra o povo ucraniano. É abominável. É abominável.

Mas também sem sido extraordinária a resposta do povo ucraniano e do mundo.

Um ano depois que as bombas começaram a cair e os tanques russos invadiram a Ucrânia, a Ucrânia ainda é independente e livre. [Aplausos.]

De Kherson a Kharkiv, combatentes ucranianos recuperaram suas terras.

Em mais de 50% do território ocupado pela Rússia no ano passado, a bandeira azul e amarela da Ucrânia tremula com orgulho mais uma vez.

O presidente Zelenskyy ainda lidera um governo democraticamente eleito que representa a vontade do povo ucraniano.

E o mundo já votou várias vezes, inclusive na Assembleia Geral das Nações Unidas, para condenar a agressão da Rússia e apoiar uma paz justa.

Cada vez na ONU, essa votação tem sido esmagadora.

Em outubro, 143 nações nas Nações Unidas condenaram a anexação ilegal da Rússia. Apenas quatro — quatro em toda a ONU — votaram a favor da Rússia. Quatro.

Então, esta noite, me dirijo mais uma vez ao povo da Rússia.

Os Estados Unidos e as nações da Europa não buscam controlar ou destruir a Rússia. O Ocidente não estava planejando atacar a Rússia, como Putin disse hoje. E milhões de cidadãos russos que só querem viver em paz com seus vizinhos não são inimigos.

Esta guerra nunca foi uma necessidade; é uma tragédia.

O presidente Putin escolheu esta guerra. Cada dia que a guerra continua é uma escolha dele. Ele poderia pôr fim à guerra com uma palavra.

É simples. Se a Rússia parasse com a invasão da Ucrânia, acabaria com a guerra. Se a Ucrânia parasse de se defender contra a Rússia, seria o fim da Ucrânia.

É por isso que, juntos, estamos garantindo que a Ucrânia possa se defender.

Os Estados Unidos reuniram uma coalizão mundial de mais de 50 nações a fim de obter armas e suprimentos essenciais para os corajosos combatentes ucranianos nas linhas de frente. Sistemas de defesa aérea, artilharia, munições, tanques e veículos blindados.

A União Europeia e seus Estados-membros têm intensificado seu compromisso sem precedentes com a Ucrânia, não apenas em assistência à segurança, mas também econômica e humanitária, assistência a refugiados e muito mais.

Para todos vocês aqui esta noite: façam uma pausa. E estou falando sério quando digo isto: virem-se para o lado e olhem uns para os outros. Vejam o que têm feito até agora.

A Polônia acolhe mais de 1,5 milhão de refugiados desta guerra. Deus a abençoe. [Aplausos.]

A generosidade da Polônia, sua disposição de abrir seus corações e seus lares é extraordinária.

E o povo americano também está unido em nossa determinação.

Em todo meu país, nas grandes e pequenas cidades, bandeiras ucranianas tremulam em lares americanos.

No ano passado, democratas e republicanos em nosso Congresso dos Estados Unidos se uniram para defender a liberdade.

Isso é quem são os americanos e é isso que os americanos fazem. [Aplausos.]

O mundo também está se unindo para lidar com as consequências globais da guerra do presidente Putin.

Putin tentou matar o mundo de fome, bloqueando portos no Mar Negro com o intuito de impedir a Ucrânia de exportar seus grãos, exacerbando a crise alimentar global que atingiu especialmente países em desenvolvimento na África.

Em vez disso, os Estados Unidos, o G7 e parceiros em todo o mundo responderam ao apelo com compromissos históricos visando enfrentar a crise e reforçar o abastecimento global de alimentos.

E esta semana, minha esposa, Jill Biden, está viajando para a África com o objetivo de ajudar a chamar a atenção para essa questão crucial.

Nosso compromisso é com o povo da Ucrânia e com o futuro da Ucrânia — uma Ucrânia livre, soberana e democrática.

Esse era o sonho daqueles que declararam a Independência da Ucrânia há mais de 30 anos — que lideraram a Revolução Laranja e a Revolução da Dignidade; que enfrentaram gelo e fogo nos protestos de Maidan e os [heróis das] Centenas Celestiais que morreram no local; e aqueles que continuam a erradicar os esforços do Kremlin que busca corromper, coagir e controlar.

É um sonho para patriotas ucranianos que lutaram durante anos contra as agressões da Rússia no Donbass e os heróis que deram tudo, ofereceram suas vidas, a serviço de sua amada Ucrânia.

Tive a honra de visitar seu memorial em Kiev ontem, ao lado do presidente Zelenskyy, para homenagear o sacrifício daqueles que perderam a vida.

Os Estados Unidos e nossos parceiros estão com os professores da Ucrânia, sua equipe hospitalar, seus socorristas de emergência, os trabalhadores nas cidades da Ucrânia que estão lutando para manter o poder diante do cruel bombardeio da Rússia.

Estamos com os milhões de refugiados desta guerra que foram acolhidos na Europa e nos Estados Unidos, especialmente aqui na Polônia.

Pessoas comuns em toda a Europa fizeram tudo o que puderam com o objetivo de ajudar e continuam a fazê-lo. Empresas, a sociedade civil, líderes culturais poloneses — incluindo a primeira-dama da Polônia, que está aqui esta noite — têm liderado com o coração e determinação, mostrando tudo o que há de bom no espírito humano.

Senhora primeira-dama, nós a amamos. Obrigado a todos. [Aplausos.]

Eu nunca vou esquecer, no ano passado, ao visitar refugiados da Ucrânia que tinham acabado de chegar em Varsóvia, ver seus rostos exaustos e com medo — segurando seus filhos bem perto, temendo que eles nunca pudessem ver seus pais, seus maridos, seus irmãos ou irmãs novamente.

Naquele momento mais sombrio de suas vidas, vocês, povo da Polônia, ofereceram a eles segurança e luz. Vocês os abraçaram. Vocês literalmente os abraçaram. Eu assisti. Observei os olhares em seus rostos.

Enquanto isso, juntos garantimos que a Rússia esteja pagando o preço por seus abusos.

Continuamos a manter o maior regime de sanções já imposto a qualquer país na história. E vamos anunciar mais sanções esta semana junto com nossos parceiros.

Vamos responsabilizar aqueles que são culpados por esta guerra. E buscaremos justiça pelos crimes de guerra e crimes contra a humanidade que continuam sendo cometidos por russos.

Sabe, há muito para nos orgulharmos de tudo o que conquistamos juntos no ano passado. Mas temos de ser honestos e perspicazes ao olharmos para o próximo ano.

A defesa da liberdade não é obra de um dia nem de um ano. É sempre difícil. É sempre importante.

Enquanto a Ucrânia continua a se defender do ataque russo e a lançar suas próprias contraofensivas, continuará a haver dias difíceis e muito amargos, vitórias e tragédias. Mas a Ucrânia está preparada para a luta que tem pela frente. E os Estados Unidos, junto com nossos aliados e parceiros, continuarão a apoiar a Ucrânia enquanto ela se defende.

No próximo ano, receberei todos os membros da Otan para nossa Cúpula de 2024 nos Estados Unidos. Juntos, celebraremos o 75º aniversário da Aliança defensiva mais forte da história do mundo — a Otan.

E — [Aplausos.] — e que não haja dúvidas, o compromisso dos Estados Unidos com nossa Aliança da Otan e o Artigo 5º é sólido como uma rocha. [Aplausos.] E cada membro da Otan sabe disso. E a Rússia também sabe disso.

Um ataque contra um é um ataque contra todos. É um juramento sagrado. [Aplausos.] Um juramento sagrado de defender cada centímetro do território da Otan.

No ano passado, os Estados Unidos se uniram a nossos aliados e parceiros em uma coalizão extraordinária visando enfrentar a agressão russa.

Mas o trabalho à nossa frente não é apenas contra o que somos, é sobre o que defendemos. Que tipo de mundo queremos construir?

Precisamos utilizar a força e a capacidade dessa coalizão e aplicá-la para melhorar a vida das pessoas em todos os lugares, aprimorando a saúde, aumentando a prosperidade, preservando o planeta, construindo paz e segurança, tratando todos com dignidade e respeito.

Essa é nossa responsabilidade. As democracias do mundo têm de propiciar isso a nosso povo.

Enquanto nos reunimos esta noite, o mundo, a meu ver, se encontra em um ponto de inflexão. As decisões que tomarmos nos próximos cinco anos vão determinar e moldar nossas vidas nas próximas décadas.

Isso é verdade para os americanos. É verdade para as pessoas do mundo.

E embora sejamos nós que tomamos decisões agora, os princípios e os riscos são eternos. Uma escolha entre o caos e a estabilidade. Entre construir e destruir. Entre a esperança e o medo. Entre a democracia que eleva o espírito humano e a mão brutal do ditador que o esmaga. Entre nada menos que limitação e possibilidades, os tipos de possibilidades que surgem quando as pessoas vivem não em cativeiro, mas em liberdade. Liberdade.

Liberdade. Não há palavra mais bela do que liberdade. Não há objetivo mais nobre do que liberdade. Não há aspiração maior do que liberdade. [Aplausos.]

Os americanos sabem disso, e vocês também. E tudo o que fazemos agora deve ser feito para que nossos filhos e netos também saibam.

Liberdade.

O inimigo do tirano e a esperança dos corajosos, e a verdade de todos os tempos.

Liberdade.

Estejam conosco. Estaremos com vocês.

Vamos seguir em frente com fé e convicção, e com o compromisso permanente de ser aliados não das trevas, mas da luz. Não da opressão, mas da libertação. Não do cativeiro, mas, sim, da liberdade.

Que Deus abençoe a todos vocês. Que Deus proteja nossas tropas. E que Deus abençoe os heróis da Ucrânia e todos aqueles que defendem a liberdade em todo o mundo.

Obrigado, Polônia. Obrigado, obrigado, obrigado pelo que está fazendo. [Aplausos.] Deus abençoe a todos.

18h00 – horário da Europa Central


Veja o conteúdo original:
https://www.whitehouse.gov/briefing-room/speeches-remarks/2023/02/21/remarks-by-president-biden-ahead-of-the-one-year-anniversary-of-russias-brutal-and-unprovoked-invasion-of-ukraine/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.

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