HomePortuguês ...Pronunciamento do presidente Biden sobre o ataque não provocado e injustificado da Rússia à Ucrânia hide Pronunciamento do presidente Biden sobre o ataque não provocado e injustificado da Rússia à Ucrânia Traduções em português 24 de Fevereiro de 2022 Salão Leste 13h43 – horário da Costa Leste dos EUA PRESIDENTE: Desculpem-me por mantê-los esperando. Boa tarde. As forças militares russas iniciaram um ataque brutal ao povo da Ucrânia sem provocação, sem justificativa, sem necessidade. Este é um ataque premeditado. Vladimir Putin vem planejando isso há meses, como temos dito o tempo todo. Ele deslocou mais de 175 mil soldados e equipamentos militares para posições ao longo da fronteira ucraniana. Ele deixou suprimentos de sangue à disposição e construiu hospitais de campanha, o que diz tudo o que vocês precisam saber sobre suas intenções desde o início. Ele rejeitou todos os esforços de boa fé que os Estados Unidos, nossos aliados e parceiros fizeram para abordar nossas preocupações de segurança mútua por meio do diálogo a fim de evitar conflitos desnecessários e prevenir o sofrimento humano. Há semanas, temos alertado que isso aconteceria. E agora está se desenrolando em grande parte como prevíamos. Na semana passada, vimos o aumento dos bombardeios em Donbass, a região ao Leste da Ucrânia controlada por separatistas apoiados pela Rússia. O governo russo perpetrou ataques cibernéticos contra a Ucrânia. Vimos um teatro político encenado em Moscou — afirmações bizarras e infundadas de que a Ucrânia estava prestes a invadir a Rússia e lançar uma guerra contra a Rússia, que a Ucrânia estava preparada para usar armas químicas, que a Ucrânia cometeu um genocídio — sem qualquer prova. Vimos uma flagrante violação do Direito Internacional na tentativa de criar unilateralmente duas novas pretensas repúblicas em território soberano ucraniano. E no exato momento em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas estava se reunindo para defender a soberania da Ucrânia visando evitar a invasão, Putin declarou sua guerra. Dentro de momentos, ataques de mísseis começaram a cair em cidades históricas em toda a Ucrânia. Depois vieram os ataques aéreos, seguidos por tanques e tropas se aproximando. Temos sido transparentes com o mundo. Compartilhado provas não confidenciais sobre os planos e os ataques cibernéticos da Rússia, e falsos pretextos para que não haja nenhuma confusão ou ocultação sobre o que Putin estava fazendo. Putin é o agressor. Putin escolheu esta guerra. E agora ele e seu país vão arcar com as consequências. Hoje estou autorizando fortes sanções adicionais e novas limitações sobre o que pode ser exportado para a Rússia. Isso vai impor custos severos à economia russa, tanto imediatamente quanto ao longo do tempo. Projetamos propositadamente essas sanções a fim de maximizar o impacto de longo prazo na Rússia e minimizar o impacto sobre os Estados Unidos e nossos aliados. E quero deixar claro: os Estados Unidos não estão fazendo isso sozinhos. Há meses estamos construindo uma coalizão de parceiros que representam bem mais da metade da economia global. Vinte e sete membros da União Europeia, incluindo França, Alemanha, Itália — bem como Reino Unido, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia e muitos outros — visando ampliar o impacto conjunto de nossa resposta. Acabei de falar com os líderes do G7 esta manhã e estamos em pleno e total acordo. Limitaremos a capacidade da Rússia de realizar negócios em dólares, euros, libras e ienes para fazer parte da economia global. Vamos limitar sua capacidade de fazer isso. Vamos tolher a capacidade de financiar e aumentar as forças militares russas. Vamos impor grandes — e vamos prejudicar sua capacidade de competir na economia de alta tecnologia do século 21. Já vimos o impacto de nossas ações na moeda da Rússia, o rublo, que hoje cedo atingiu seu nível mais fraco de todos os tempos. E o mercado de ações da Rússia despencou hoje. As taxas de empréstimos do governo russo aumentaram mais de 15%. Nas ações de hoje, impusemos agora sanções a bancos russos que detêm juntos cerca de US$ 1 trilhão em ativos. Bloqueamos o maior banco da Rússia — um banco que detém mais de um terço dos ativos bancários da Rússia por si só — o bloqueamos do sistema financeiro dos EUA. E hoje também estamos bloqueando mais quatro grandes bancos. Isso significa que todos os ativos que eles têm nos Estados Unidos serão congelados. Isso inclui o V.T.B., o segundo maior banco da Rússia, com US$ 250 bilhões em ativos. Conforme prometido, também estamos adicionando nomes à lista de elites russas e seus familiares que a quem também estamos impondo sanções. Como eu disse na terça-feira, essas são pessoas que ganham pessoalmente com as políticas do Kremlin e devem compartilhar a dor. Vamos manter o ímpeto dessas designações contra bilionários corruptos nos próximos dias. Na terça-feira, impedimos o governo russo de angariar dinheiro de investidores americanos ou europeus. Agora vamos aplicar as mesmas restrições às maiores empresas estatais da Rússia — empresas com ativos que ultrapassam US$ 1,4 trilhão. Alguns dos impactos mais poderosos de nossas ações virão com o tempo, à medida que restringimos o acesso da Rússia a finanças e tecnologia para setores estratégicos de sua economia e degradarmos sua capacidade industrial nos próximos anos. Entre nossas ações e as de nossos aliados e parceiros, estimamos que bloquearemos mais da metade das importações de alta tecnologia da Rússia. Será um golpe em sua capacidade de continuar a modernizar suas forças militares. Degradará sua indústria aeroespacial, incluindo seu programa espacial. Isso prejudicará sua capacidade de construir navios, reduzindo sua capacidade de competir economicamente. E será um grande golpe para as ambições estratégicas de longo prazo de Putin. E estamos nos preparando para fazer mais. Além das penalidades econômicas que estamos impondo, também estamos adotando medidas para defender nossos aliados da Otan, principalmente no Leste. Amanhã a Otan convocará uma cúpula — estaremos lá — para reunir os líderes de 30 nações aliadas e parceiros próximos visando afirmar nossa solidariedade e mapear os próximos passos que daremos para fortalecer ainda mais todos os aspectos de nossa aliança da Otan. Embora tenhamos fornecido mais de US$ 650 milhões em assistência defensiva à Ucrânia apenas este ano — este ano passado, permitam-me dizer novamente: nossas forças não estão e não estarão envolvidas no conflito com a Rússia na Ucrânia. Nossas forças não estão indo para a Europa para lutar na Ucrânia, mas para defender nossos aliados da Otan e tranquilizar aqueles aliados no Leste. Como deixei bem claro, os Estados Unidos defenderão cada centímetro do território da Otan com toda a força do poder americano. E a boa notícia é que: a Otan está mais unida e mais determinada do que nunca. Não há dúvida de que os Estados Unidos e todos os aliados da Otan cumprirão nossos compromissos do Artigo 5, que diz que um ataque a um é um ataque a todos. Nas últimas semanas, ordenei milhares de forças adicionais à Alemanha e à Polônia como parte de nosso compromisso com a Otan. Na terça-feira, em resposta à ação agressiva da Rússia, incluindo a presença de suas tropas na Belarus e no Mar Negro, autorizei o envio de forças terrestres e aéreas já estacionadas na Europa para os aliados do flanco leste da Otan: Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Romênia. Nossos aliados também estão se mobilizando, adicionando — os outros aliados, o restante da Otan — adicionando suas próprias forças e capacidades para garantir a defesa coletiva. E hoje, poucas horas depois de a Rússia ter desencadeado seu ataque, a Otan se uniu e autorizou e ativou planos de resposta. Isso permitirá às forças de alta prontidão da Otan a se mobilizar e — quando e onde forem necessárias para proteger nossos aliados da Otan nas fronteiras orientais da Europa. E agora estou autorizando capacidades e forças americanas adicionais a fim de serem enviadas para a Alemanha como parte da resposta da Otan, incluindo algumas das forças baseadas nos EUA que o Departamento de Defesa colocou em prontidão semanas atrás. Também conversei com o secretário de Defesa Austin e o chefe do Comando Conjunto do Estado-Maior, general Milley, sobre os preparativos para mobilizações adicionais, caso sejam necessárias para proteger nossos aliados da Otan e apoiar a maior aliança militar da história do mundo — a Otan. Enquanto respondemos, meu governo está usando todas as ferramentas à nossa disposição para proteger as famílias e as empresas americanas do aumento dos preços na bomba de gasolina. Vejam bem, estamos tomando medidas ativas para reduzir os custos. E as empresas americanas de petróleo e gás não devem explorar este momento para aumentar seus preços visando aumentar os lucros. Vejam bem, em nosso pacote de sanções, nós o projetamos especificamente para permitir que os pagamentos de energia continuem. Estamos monitorando de perto o abastecimento de energia em caso de qualquer interrupção. Temos coordenado com os principais países produtores e consumidores de petróleo visando nosso interesse comum de garantir o abastecimento global de energia. Estamos trabalhando ativamente com países ao redor do mundo para elevar [avaliar] a liberação coletiva das Reservas Estratégicas de Petróleo dos principais países consumidores de energia. E os Estados Unidos liberarão barris adicionais de petróleo conforme as condições o justifiquem. Sei que isso é difícil e os americanos já estão sofrendo. Farei tudo o que estiver a meu alcance para limitar a dor que o povo americano está sentindo na bomba de gasolina. Isso é crucial para mim. Mas essa agressão não pode ficar sem resposta. Se ficasse, as consequências para os Estados Unidos seriam muito piores. Os Estados Unidos enfrentam os valentões. Defendemos a liberdade. Isto é quem nós somos. Permitam-me também repetir a advertência que fiz na semana passada: se a Rússia realizar ataques cibernéticos contra nossas empresas, nossa infraestrutura crucial, estamos preparados para responder. Durante meses, temos estado trabalhando em estreita colaboração com o setor privado a fim de fortalecer nossas defesas cibernéticas, além de aprimorar nossa capacidade de responder a ataques cibernéticos russos. Falei ontem à noite com o presidente Zelensky da Ucrânia e lhe assegurei que os Estados Unidos, juntamente com nossos aliados e parceiros na Europa, apoiarão o povo ucraniano à medida que eles defendem seu país. Forneceremos ajuda humanitária para aliviar seu sofrimento. E nos primeiros dias deste conflito, os meios de propaganda da Rússia continuarão tentando ocultar a verdade e reivindicar o sucesso de sua operação militar contra uma ameaça inventada. Mas a história tem mostrado repetidamente como os ganhos rápidos de território acabam, no final das contas, dando lugar a ocupações opressivas, atos de desobediência civil em massa e becos sem saída estratégicos. As próximas semanas e meses serão difíceis para o povo da Ucrânia. Putin tem desencadeado um grande sofrimento sobre eles. Mas o povo ucraniano conhece 30 anos de independência, e eles têm mostrado reiteradamente que não vão tolerar ninguém que tente fazer seu país retroceder. Este é um momento perigoso para toda a Europa, para a liberdade em todo o mundo. Putin cometeu um ataque aos próprios princípios que sustentam a paz global. Mas agora o mundo inteiro vê claramente o que Putin e seus aliados do Kremlin realmente são. Isso nunca foi sobre preocupações genuínas de segurança da parte deles. Sempre foi sobre pura agressão, sobre o desejo de Putin por um império por qualquer meio necessário — intimidando os vizinhos da Rússia por meio de coerção e corrupção, alterando as fronteiras através do uso da força e, em última análise, escolhendo uma guerra sem causa. As ações de Putin traem uma visão sinistra para o futuro do nosso mundo — um onde as nações tomam o que querem à força. Mas é uma visão que os Estados Unidos e as nações amantes da liberdade se oporão com todas as ferramentas a seu poder considerável. Os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros emergirão disto mais fortes, mais unidos, mais determinados e com mais propósitos. A agressão de Putin contra a Ucrânia acabará custando muito caro à Rússia — econômica e estrategicamente. Nós nos certificaremos disso. Putin será um pária no cenário internacional. Qualquer nação que aceite a agressão pura da Rússia contra a Ucrânia será manchada por associação. Quando a história desta era for escrita, a escolha de Putin de fazer uma guerra totalmente injustificável contra a Ucrânia terá deixado a Rússia mais fraca e o restante do mundo mais forte. Liberdade, democracia, dignidade humana — essas são as forças muito mais poderosas do que o medo e a opressão. Elas não podem ser extintas por tiranos como Putin e seus exércitos. Elas não podem ser apagadas pelas pessoas — do coração e das esperanças das pessoas por qualquer quantidade de violência e intimidação. Elas perduram. E na disputa entre democracia e autocracia, entre soberania e subjugação, não se enganem: a liberdade prevalecerá. Deus abençoe o povo de uma Ucrânia livre e democrática. E que Deus proteja nossas tropas. Veja o conteúdo original: https://www.whitehouse.gov/briefing-room/speeches-remarks/2022/02/24/remarks-by-president-biden-on-russias-unprovoked-and-unjustified-attack-on-ukraine/ Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.