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Departamento De Estado Dos Eua
Escritório do Porta-Voz
Washington, DC
15 de junho de 2023
Para divulgação imediata

Auditório Dean Acheson
Washington, DC

EMBAIXADORA CINDY DYER: Bom dia a todos. E bem-vindos. Meu nome é Cindy Dyer. Sou embaixadora-geral do Escritório de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas aqui no Departamento de Estado. E tenho a honra de dar início à cerimônia de hoje. Muito obrigada a todos por se juntarem a nós.

Sei que já faz alguns anos desde que conseguimos reunir uma multidão presencialmente para esta cerimônia, e é um prazer ver tantos amigos e colegas. Estou especialmente entusiasmada com a presença de três de meus predecessores, os embaixadores Luis CdeBaca, Susan Coppedge e John Richmond.

O programa de hoje será o seguinte. Primeiramente, o secretário Blinken fará um pronunciamento sobre o relatório deste ano. Em seguida, homenagearemos oito proeminentes Heróis do Tráfico de Pessoas por sua extraordinária dedicação ao combate do tráfico humano. Também ouviremos brevemente um dos heróis que falará em nome dos homenageados deste ano. Finalmente, farei minhas próprias considerações finais. Após a cerimônia, esperamos que vocês encontrem algum tempo para visitar [o site] state.gov a fim de acessar o relatório on-line deste ano.

Somos muito gratos a você, secretário Blinken, por se juntar a nós hoje para divulgar o Relatório sobre o Tráfico de Pessoas 2023. Obrigada por seu trabalho contínuo elevando a questão do tráfico humano em suas reuniões ao redor do mundo e aqui em nosso país, bem como presidindo a Força-Tarefa Interagências do Presidente para Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas. Temos orgulho de servir sob sua liderança, pois todos trabalhamos juntos visando fazer avanços nos esforços de combate ao tráfico humano.

Senhoras e senhores, o secretário de Estado, Antony Blinken. [Aplausos.]

SECRETÁRIO BLINKEN: Obrigado. Obrigado. Bom dia a todos. E apenas para reiterar o que a Cindy disse, é maravilhoso ver todos vocês aqui no Departamento de Estado.

Hoje, o Departamento de Estado está lançando o Relatório sobre o Tráfico de Pessoas 2023. Este relatório fornece uma avaliação abrangente e objetiva de 188 países e territórios — incluindo os Estados Unidos. Seu objetivo é mostrar esforços bem-sucedidos visando prevenir o tráfico, identificar áreas onde os países estão falhando e têm mais trabalho a fazer e, finalmente — em última análise — eliminar o tráfico completamente.

Os Estados Unidos estão empenhados em combater o tráfico de pessoas porque ele representa um ataque aos direitos e às liberdades das pessoas. Viola o direito universal de cada pessoa de ter autonomia sobre sua própria vida e ações. Hoje, esse direito é negado a mais de 27 milhões de pessoas em todo o mundo.

O tráfico prejudica nossas sociedades: enfraquecendo o Estado de Direito, corrompendo cadeias de suprimentos, explorando trabalhadores, fomentando a violência. E impacta de maneira desproporcional grupos tradicionalmente marginalizados: mulheres, indivíduos LGBTQI+, pessoas com deficiência, minorias étnicas e religiosas.

Em seu primeiro ano no cargo, o presidente Biden divulgou um Plano de Ação Nacional atualizado com o intuito de garantir que nossa resposta em termos de políticas esteja acompanhando o que representa um desafio em evolução. No início deste ano, como observou a embaixadora, presidi uma reunião da Força-Tarefa Interagências do Presidente para Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas, onde revisamos as medidas que adotamos para implementar o plano: proibir a importação de mercadorias feitas com trabalho forçado; impor sanções financeiras àqueles que lucram conscientemente com esse trabalho; integrar a equidade racial em nosso trabalho de combate ao tráfico; fortalecer nossos esforços visando combater a exploração sexual on-line e o abuso de crianças.

O Relatório [sobre o Tráfico de Pessoas] TIP é uma parte central do trabalho de combate ao tráfico do governo por parte dos Estados Unidos e reflete os esforços de tantas pessoas nesta sala hoje — e de inúmeras outras em Washington e ao redor do mundo.

E isso começa com a liderança da embaixadora [Cindy] Dyer e sua equipe no Escritório de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas, bem como colegas que temos em nossas Embaixadas ao redor do mundo, cujo trabalho de entrevistar sobreviventes, coletar informações, conduzir verificações de fatos está na própria base do relatório. Esforços bipartidários no Congresso, onde há um compromisso inabalável e uma forte parceria para pôr fim ao tráfico — incluindo o deputado Chris Smith, que tem sido um defensor de longa data e que está aqui conosco hoje, e agradeço sua presença e obrigado por sua liderança em relação a isso por tantos anos. E membros do Conselho Consultivo dos EUA sobre o Tráfico de Pessoas e da Rede de Consultores Especialistas em Tráfico de Pessoas — seus insights, suas ideias são indispensáveis para moldar e avaliar nossas políticas e programas.

E talvez o mais significativo, o mais importante, somos gratos aos sobreviventes cuja coragem, resiliência e perspectivas inspiram e guiam todo nosso trabalho.

Por fim, damos calorosas boas-vindas a nossos oito Heróis do Relatório sobre o Tráfico de Pessoas que estão conosco hoje — vocês ouvirão um pouco mais sobre eles em breve — jornalistas, ativistas, promotores, legisladores, cada um dos quais compartilha o compromisso de acabar com o tráfico em todas as suas formas.

O relatório deste ano mostra uma imagem de progresso constante em todo o mundo, com dezenas de países fazendo avanços significativos na prevenção do tráfico, na proteção de sobreviventes e no julgamento daqueles que cometem esse crime.

Nas [Ilhas] Seychelles, o governo nacional ofereceu treinamento aprimorado para funcionários do aeroporto e policiais a fim de melhor detectar o tráfico. O governo também instituiu novas políticas com a intenção de rastrear populações vulneráveis, como migrantes em pontos de trânsito, para fins de indicadores de tráfico. Isso os tem ajudado a identificar mais vítimas do que nunca e condenar um número recorde de traficantes.

Hong Kong lançou uma nova linha direta com o intuito de ajudar vítimas do tráfico a denunciar golpes fraudulentos de emprego no exterior e obter ajuda. Em seu primeiro mês, essa linha direta recebeu centenas de ligações, levando a várias investigações.

Na Dinamarca, autoridades lideraram um foco renovado — e comprometeram recursos adicionais para — combater o tráfico de pessoas, identificar mais vítimas, processar e condenar mais traficantes.

Portanto, essa é a boa notícia, e esses são apenas exemplos. O relatório também destaca uma série de tendências preocupantes.

A primeira é a contínua expansão do trabalho forçado. À medida que a pandemia interrompia as cadeias de suprimentos em todo o mundo e aumentava a demanda em certos setores, como a produção de equipamentos de proteção individual, empregadores exploradores usavam uma série de táticas para tirar proveito dos trabalhadores mais vulneráveis e com salários mais baixos.

A segunda é o aumento do tráfico de mão de obra usando golpes on-line, que têm se proliferado à medida que mais pessoas no mundo ganham acesso à internet. A pandemia sobrecarregou essa tendência. Traficantes capitalizaram sobre o desemprego generalizado a fim de recrutar vítimas usando listas de empregos falsas e, posteriormente, as forçaram a realizar golpes internacionais.

Em terceiro lugar, o relatório expõe os riscos enfrentados por um segmento frequentemente negligenciado das vítimas do tráfico: meninos e jovens do sexo masculino. De acordo com um relatório recente do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, entre 2004 e 2020, a porcentagem de meninos identificados como vítimas de tráfico de pessoas aumentou cinco vezes.

Pois bem, há anos existe uma crença amplamente difundida — mas incorreta — de que o tráfico afeta exclusivamente vítimas do sexo feminino. Essa falsa percepção tem tido algumas consequências, francamente, devastadoras e tangíveis, com muitos poucos serviços de apoios normalmente alocados para homens vítimas de tráfico.

A realidade é que qualquer pessoa, independente do sexo, independente da identidade de gênero, pode ser alvo de traficantes de pessoas. E assim governos, sociedade civil, setor privado — todos nós temos de desenvolver recursos para todas as populações, incluindo as vítimas masculinas.

Quando o presidente Biden lançou seu Plano Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas, ele disse, e passo a citar: “Podemos realizar muito mais trabalhando em parceria do que trabalhando sozinhos.” Isso vale para o trabalho entre governos, entre autoridades federais e locais, e com e entre a sociedade civil e o setor privado.

Vemos isso na Macedônia do Norte, onde o governo fez parceria com assistentes sociais, funcionários de ONGs, psicólogos e agentes da lei visando lançar equipes móveis que identificam a maioria das vítimas de tráfico no país. Estre programa tem sido tão eficaz que vários outros países dos Bálcãs planejam [implementar] ou já implementaram o mesmo modelo.

Vemos isso no trabalho do Instituto Issara. Essa é uma ONG que tem trabalhado lado a lado com o setor privado com o objetivo de ajudar centenas de milhares de trabalhadores a aprender sobre seus direitos e buscar remediação quando ocorrem abusos trabalhistas.

Vemos isso na Argentina, onde líderes do governo federal se reúnem regularmente com representantes das 24 jurisdições do país a fim de coordenar seus esforços e aumentar a ambição uns dos outros, inclusive se comprometendo a oferecer moradia de longo prazo para sobreviventes do tráfico.

Para um problema tão complexo e em constante evolução como este, simplesmente precisamos de toda a ajuda possível. Precisamos de forças de aplicação da lei trabalhando para processar os traficantes. Precisamos de assistentes sociais que prestem cuidados informados sobre trauma às vítimas. Precisamos de defensores que responsabilizem governos. Precisamos que as comunidades se unam com o intuito de apoiar os sobreviventes. De muitas maneiras, esta sala reflete essa necessidade e reflete essa comunidade.

Agradecemos imensamente a parceria que vocês têm demonstrado, compartilhando conhecimento, compartilhando ideias, construindo e fortalecendo redes conosco. E o que desejo compartilhar com vocês hoje é simplesmente isto: os Estados Unidos estão comprometidos em estar com vocês e, de uma vez por todas, pôr fim ao tráfico de pessoas.

Muito obrigado a todos. Cindy, de volta para você. [Aplausos.]


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/secretary-antony-j-blinken-at-the-release-of-the-2023-trafficking-in-persons-report/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.

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