An official website of the United States Government Here's how you know

Official websites use .gov

A .gov website belongs to an official government organization in the United States.

Secure .gov websites use HTTPS

A lock ( ) or https:// means you’ve safely connected to the .gov website. Share sensitive information only on official, secure websites.

DEPARTMENTO DE ESTADO DOS EUA
Escritório do Porta-Voz
Washington, DC
20 de outubro de 2021

Palácio de San Carlos
Bogotá, Colômbia

SECRETÁRIO BLINKEN: Muito obrigado, e permitam-me começar pedindo desculpas aos colegas porque acho que sou responsável por nos atrasar um pouco hoje. Obrigado por sua paciência, mas especialmente obrigado a todos por estarem aqui, e (inaudível), muito obrigado por todo o empenho em curto prazo de vocês para nos reunir hoje, tanto neste salão quanto virtualmente. Estou muito feliz em ver tantos colegas aqui hoje de toda nossa região.

E é vital que estejamos juntos hoje porque, como ouvimos do presidente Duque, do vice-presidente, todos vocês sabem disso melhor do que ninguém: o desafio da migração que enfrentamos em nosso hemisfério não é um problema de um país. É um problema nosso e não pode ser resolvido por um único país. Temos de resolver isso juntos. Esse é o espírito, creio eu, que nos une hoje, e espero que guie o trabalho que estamos fazendo.

A situação que temos diante de nós é, como ouvimos, sem precedentes. Número recorde de migrantes que se deslocam em nosso hemisfério. No passado, vimos muitas vezes um aumento na migração de alguns países que enfrentavam algum tipo de crise aguda, mas não é o caso agora. Em vez disso, os migrantes estão abandonando muitos países da região ao mesmo tempo. E a migração em massa nas Américas não flui apenas em uma direção ou por apenas um motivo. É complexa, é um fenômeno em evolução e desafia nossa capacidade coletiva de reagir.

Em primeiro lugar, creio que devemos reconhecer que esse é um sério problema humanitário. Milhões de migrantes vivem em situações perigosas e inseguras. Eles são vulneráveis ​​à exploração, muitas vezes sem o básico de que precisam para simplesmente sobreviver. Pessoas desesperadas estão arriscando suas vidas e as de seus filhos sem qualquer garantia de que suas viagens terminarão de maneira segura. Tem havido inúmeras tragédias, quase certamente mais do que sabemos.

Também é um sério desafio para os países que estão recebendo migrantes ou lidando com fluxos migratórios. É um problema de saúde pública em um momento em que nossos países estão trabalhando arduamente para controlar a Covid-19, e é por isso que incentivamos os países a incorporar refugiados e imigrantes em seu planejamento de distribuição de vacinas. E exerce uma enorme pressão sobre os serviços sociais e a aplicação da lei. Em muitos casos, pequenas comunidades e regiões fronteiriças suportam o fardo de dezenas de milhares de pessoas que chegam repentinamente a seu portão de entrada. E nas condições atuais, a migração em massa deve aumentar em grande parte de nossa região, o que desafiará ainda mais nossa capacidade de administrá-la de maneira ordenada.

Portanto, por todas essas razões, o problema atual é insustentável. Temos de lidar com isso rapidamente antes que se torne mais opressor. E temos de lidar com isso de forma sustentável, visando incluir o enfrentamento, de forma mais eficaz, das causas principais da migração irregular, especialmente a falta de oportunidades econômicas. Temos de tomar medidas específicas e concretas que terão um efeito imediato a fim de interromper o ciclo e desacelerar os números para que a situação como um todo possa se tornar mais segura, mais ordenada e mais humana no curto prazo. E, de forma crítica, temos de tomar medidas que terão um efeito de longo prazo visando mudar as condições que deram origem ao aumento na migração e ajudar a evitar que isso aconteça novamente no futuro.

Portanto, é um teste. É um teste para nossos governos. É um teste para nossa região. Estou convencido de que podemos passar no teste se — se formos coordenados, se formos colaborativos e se nossa abordagem for abrangente. Os Estados Unidos estão comprometidos com isso. Já estamos trabalhando em estreita colaboração com governos e parceiros da sociedade civil no México, na América Central. Esperamos poder estender essa parceria a todos os países representados aqui hoje e facilitar mais cooperação regional. Isso é o que esse desafio exige. É por isso que estamos aqui hoje.

Portanto, permitam-me abordar brevemente nossas prioridades principais. Sei que entraremos em muito mais detalhes conforme dermos prosseguimento à reunião. Em primeiro lugar, devemos controlar com mais eficácia a situação imediata, como eu disse. Isso inclui fazer algumas coisas o quanto antes. Temos de fortalecer a fiscalização das fronteiras, por exemplo, exigindo vistos e controlando meticulosamente a entrada nos casos em que a isenção de visto ajuda involuntariamente a migração irregular. Temos de melhorar os processos de asilo para que as pessoas com pedidos válidos possam ser ouvidas com rapidez. E temos de expandir as vias legais e criar mais opções de proteção e reassentamento.

Para as pessoas que não têm reivindicações de proteção ou outros motivos legais para permanecer em outro país, devemos facilitar sua repatriação.

Em segundo lugar, devemos nos concentrar na proteção dos migrantes mais vulneráveis, incluindo vítimas de tráfico e contrabando. Precisamos identificá-los melhor, conectá-los a serviços e organizações que podem ajudá-los, reassentá-los em áreas seguras e reprimir organizações criminosas transnacionais, contrabandistas e traficantes que os exploram.

Em terceiro lugar, a situação com os refugiados e migrantes venezuelanos e haitianos é particularmente urgente. Temos de trabalhar juntos a fim de enfrentar as situações que estão causando a fuga de tantos desses cidadãos e devemos direcionar recursos para as comunidades da região que estão acolhendo migrantes e refugiados desses países.

E em quarto lugar, em um prazo mais longo, como eu disse, temos de abordar as causas subjacentes da migração. Todos nós sabemos que muitos são os fatores que levam as pessoas a decidirem pela migração. Esses fatores podem ser complexos. Mas muitas vezes eles se resumem a um motivo profundo, que é a falta de esperança de que a vida em seus países de origem melhore. Frequentemente, isso ocorre devido a poucas oportunidades econômicas, e os Estados Unidos querem trabalhar com vocês para mudar isso. Vocês ouviram o presidente Duque falar a respeito.

A iniciativa Reconstruir um Mundo Melhor do presidente Biden busca investir, por exemplo, em projetos de infraestrutura resilientes ao clima que vão criar empregos e conectar comunidades com serviços e oportunidades essenciais. Queremos que nossos primeiros projetos da Reconstruir um Mundo Melhor sejam implantados nas Américas. Fizemos nosso primeiro tour de escuta no mês passado ao Equador, à Colômbia e ao Panamá, visando iniciar conversas sobre projetos em potencial. Nossa Corporação Internacional de Financiamento do Desenvolvimento também está pronta para ser um parceiro próximo de todos vocês. Temos assistência ao desenvolvimento a oferecer e queremos fazer parceria com vocês a fim de garantir que isso ajude as comunidades vulneráveis ​​em seus países. O apelo da vice-presidente [Kamala] Harris à ação para a América Central também atraiu empresas privadas e ONGs em torno desse esforço.

Esses são apenas alguns exemplos de como os Estados Unidos podem ser, querem ser seus parceiros não apenas para facilitar a assistência ao desenvolvimento, mas também para aumentar os investimentos, a fim de que juntos possamos estabelecer uma base para o crescimento inclusivo de longo prazo nas Américas.

Há outra causa subjacente da migração que temos de abordar e, claro, é a crise climática. Ela está colocando em risco recursos essenciais como alimentos e água. Está tirando pessoas de suas casas e comunidades em áreas onde secas e inundações estão se tornando mais frequentes e severas. Sabemos que esses fatores estão contribuindo para a migração. Sabemos que esse problema só vai piorar a menos que ajamos, e de forma rápida e ambiciosa a fim de reduzir as emissões, desacelerar o aquecimento global, investir na resiliência climática para que as mudanças climáticas possam ter um impacto menos devastador sobre os meios de sustento das pessoas e seu bem-estar.

Vemos as reuniões ministeriais de hoje, conforme disse Marta Lúcia, como um ponto de partida, uma oportunidade para um novo patamar de parceria e coordenação que daremos continuidade pelo tempo que for necessário visando fazer o trabalho, colocar a situação atual sob controle e nos colocar em um caminho mais estável para o futuro.

Em última análise, a migração é sobre pessoas que desejam uma vida melhor para si e suas famílias. Juntos, podemos ajudar que isso aconteça, tornando a migração segura, ordenada e humana, e estabelecendo uma base para um crescimento mais inclusivo e oportunidades que compartilhamos em todo o hemisfério.

Então, obrigado novamente, a todos vocês, por estarem aqui hoje. Aguardo com expectativa nossa discussão detalhada e sou grato pela parceria que estamos demonstrando. Obrigado. Gracias.


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/secretary-antony-j-blinken-remarks-at-the-regional-migration-ministerial/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.

U.S. Department of State

The Lessons of 1989: Freedom and Our Future