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Departamento de Estado dos Estados Unidos
Contra-Almirante Jamie Sands, Comandante do Comando de Operações Especiais de África
7 de Abril de 2022

Centro de Imprensa Regional de África 

Moderadora:  Boa tarde a todos do Centro de Imprensa Regional de África do Departamento de Estado dos EUA. Pedimos sinceras desculpas pelo atraso. Houve alguns problemas técnicos por parte dos nossos parceiros do AFRICOM e, por isso, agradecemos imensamente aos jornalistas que permaneceram connosco.

Gostaria de dar as boas-vindas aos nossos participantes de todo o continente e agradecer a todos vós por participarem nesta discussão. Hoje, estamos muito satisfeitos com a presença do Comandante de Operações Especiais, o Contra-Almirante Jamie Sands, que está a falar connosco desde Estugarda, na Alemanha.

Começaremos a teleconferência de hoje com os comentários de abertura do Contra-Almirante Sands e, em seguida, responderemos às vossas perguntas. Tentaremos abranger o maior número possível durante o tempo de que dispomos. 

Para os que estão a ouvir em francês, podem digitar as vossas perguntas em francês no Q&A. Se desejarem quiser participar da conversa no Twitter, usem #AFHubPress e sigam-nos no Twitter @AfricaMediaHub.

Recordo que a teleconferência de hoje é on the record e, dito isso, vou passar a palavra ao Contra-Almirante Jamie Sands para os seus comentários iniciais. A palavra é sua.

Contra-Almirante Sands: Muito obrigado, Marissa. Obrigado pela oportunidade de falar com este distinto grupo. E mais uma vez, gostaria de pedir desculpas. Os problemas técnicos foram do meu lado, e peço desculpas pelo atraso e agradeço a todos os jornalistas que permaneceram.

Vou abrir com alguns breves comentários. Estou no comando aqui no Comando de Operações Especiais de África há cerca de 10 meses, e darei minha perspectiva e responderei com minha perspectiva às perguntas que fizerem.

Eu começaria por dizer que – talvez afirmando o óbvio: as nações africanas e o continente são uma terra de oportunidades extraordinárias, mas está cercada de algumas ameaças bastante sérias. Em resumo, eu diria acerca dessas ameaças, vemos al-Shabaab na África Oriental que continua a atacar o povo da Somália. A Al-Qaeda, a afiliada da Al-Qaeda, JNIM, está a expandir-se no Sahel e a descer para a costa da África Ocidental. O Estado Islâmico na província da África Ocidental está a consolidar-se depois de deslocar o Boko Haram perto da Bacia do Lago Chade. E outros extremistas violentos e grupos criminosos ameaçam a estabilidade em todo o continente.

Um tema chave é a importância de aliados e parcerias em todo o continente. Um parceiro africano seguro, estável e próspero beneficia-se da comunidade internacional, e o que continuamos a ver – o que aprendemos antes e reaprendemos – é que nenhum país pode combater o extremismo sozinho. O combate ao extremismo violento requer paciência estratégica, um compromisso de longo prazo e uma campanha integrada envolvendo vários parceiros internacionais. Os valores importam nesta luta. Os valores são fundamentais para criar efectivamente estabilidade e eliminar o extremismo. Os nossos valores compartilhados formam uma plataforma de confiança entre os Estados Unidos e as nações africanas.

Algumas considerações para encerrar. Nenhuma nação pode resolver este desafio ou este problema sozinha. As parcerias são fundamentais. A prevenção do extremismo através de reformas de governação e progresso é um caminho mais fácil do que combater extremistas violentos estabelecidos através de actividade cinética. Os valores importam. Transparência, responsabilidade e inclusão são fundamentais à medida que avançamos. O investimento internacional é fundamental, e este investimento deve ser combinado com segurança, boa governação e ajuda.

Em nome dos Estados Unidos e das Operações Especiais, estaremos ao lado dos nossos parceiros africanos para conter a expansão de extremistas violentos e as suas ideologias.  

E com isso, Marissa, vou passar para as perguntas, por favor. 

Moderadora:  Obrigada. Para a nossa próxima pergunta iremos ao vivo para Hariana Victória da TPA de Angola. Hariana, pode fazer a sua pergunta. 

Pergunta: Obrigada. Muito obrigada pela oportunidade e muito obrigada por fazer isso. Certamente isso ajudará o nosso público a estar mais informado, e eu realmente aprecio que nos conceda o seu tempo.

Então, a minha pergunta é em relação aos governos africanos. Então, uma vez que há muita ameaça de grupos terroristas em África que estão a crescer, e há muita preocupação, eu gostaria de saber se os comandos que estão a trabalhar em África assistem a um compromisso maior e a mais interesse do governo africano em fazer mais para combater esses grupos terroristas, e como os países africanos estão a ser preparados para enfrentar esta crescente ameaça desses grupos terroristas. Essa é a minha pergunta. Obrigada.

Contra-Almirante Sands:  Hariana, muito obrigado pela pergunta, e agradeço por estar aqui e apenas quero destacar o facto de que esta discussão pode informar mais o público sobre o que estamos a fazer e o que as nações africanas estão a fazer com o Estados Unidos como parceiro para repelir e conter a ameaça de extremistas violentos em todo o continente. Então, obrigado por estar aqui e obrigado pela pergunta.  

Creio que primeiro vou abordar a sua pergunta sobre o que vimos das nações africanas a respeito do seu reconhecimento do desafio de organizações extremistas violentas em muitos dos seus países e também no seu nível de compromisso com a luta. E vou oferecer a minha perspectiva, novamente, após 10 meses. Mas posso dar-lhe uma perspectiva pessoal sobre isso, tendo conversado com muitos líderes africanos, tanto civis quanto militares, sobre isso.

O que eu lhe diria é que vejo um tremendo nível de comprometimento e reconhecimento do problema, certo, o que acho incrivelmente importante – o reconhecimento do problema e o compromisso de fazer algo a respeito disso, bem como o reconhecimento de que vai exigir parcerias. E é aí que pensamos que os Estados Unidos e alguns dos nossos parceiros europeus e outros parceiros de toda a África podem ajudar.

E a sua pergunta, bem, como eles estão a ser ajudados – como eles estão a avançar para resolver o problema? O método número um é o estabelecimento de uma melhor ligação e confiança entre o governo e a população. E é aí que concentramos os nossos esforços principalmente dos Estados Unidos, é ajudar a facilitar isso através de actividades que aproximam o governo e a população, especialmente em áreas que podem ter a percepção de descontentes ou desfavorecidas, em conjunto com o governo. Que a boa governação é a solução definitiva para a expansão das organizações extremistas violentas. Obrigado.  

Moderadora:  Obrigada. A seguir, vamos a uma pergunta vinda da secção de perguntas de Milton Maluleque da Deutsche Welle Africa. A sua pergunta é: “Que avaliação faz do envolvimento dos EUA na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado, que se caracteriza pelo treino das forças de defesa e segurança moçambicanas pelos EUA e pelo desmantelamento das redes de financiamento ao terrorismo?”

Contra-Almirante Sands:  Milton, obrigado pela pergunta. Acho que quando olha para Moçambique, é um bom exemplo de como pensamos, do ponto de vista das Operações Especiais dos Estados Unidos, que podemos agregar valor aos nossos parceiros. O que conseguimos fazer em Moçambique foi mobilizar forças para conduzir o exercício conjunto de treino, que imediatamente aumentou a capacidade ou ajudou a aumentar a capacidade dos nossos parceiros ou parceiros de segurança em Moçambique e também serviu de plataforma para trazer parceiros adicionais para apoiar os esforços de uma forma mais sustentável em Moçambique.

Portanto, vejo Moçambique como um exemplo trágico da expansão de extremistas violentos, mas também um bom exemplo do que podemos fazer através de parcerias entre os Estados Unidos, nações africanas e outros parceiros, especialmente os da União Europeia e de toda a África. Obrigado.


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/digital-press-briefing-on-security-and-stability/

Esta tradução é oferecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.

U.S. Department of State

The Lessons of 1989: Freedom and Our Future